Odisseia

É o primeiro contacto que tenho com este nome, em qualquer das suas versões. Coube-me a sorte provar o Reserva de 2005. Um vinho, do Douro, que pareceu-me (algo) exuberante, com (muita) vivacidade e alegria. Cheiros a bagas vermelhas, licor de groselha e flores marcavam o perfil deste tinto de forma vincada. Aliás, o vermelho era a cor que mais dominava. Uma breve (imaginativa) nota a pedra lascada tentava conferir ao vinho um pouco mais carácter, mais sobriedade.
Na boca revelou (alguma) finura e equilíbrio. Apesar do porte mediano, os taninos, juntamente com a acidez, disponibilizavam uma curiosa sensação de secura, mostrando um lado mais adulto, mais maduro.
Globalmente, diria-vos que, apesar de não ser um estrondo de vinho capaz de arrebatar o coração, gostei dele e aproveitaria a sua juventude ao máximo (que expressão complicada). Cativou-me pela sua jovialidade, pela irreverência do seu comportamento, pela frescura que apresentou. De qualquer modo, poderá ser interessante observar a sua evolução nos próximos tempos. Ver se ele tem mais qualquer coisa para nos dizer, evitando que caia no esquecimento (e, que um dia, digamos: era apenas mais um vinho). Nota Pessoal: 14,5

Comentários

VinhoDaCasa disse…
Eu gostei muito deste vinho. Aliás levei-o para o evento do Copo de 3 e muita gente gostou. Agora é um vinho duro, a precisar de algo à mesa que o acompanhe...

Chegaste a provar o Touriga 2004?
Pingas no Copo disse…
Viva. Não, não provei o touriga 2004.

Sobre este reserva pessoalmente não me apaixonou. É um vinho que me soube bem, é certo, mas quase que me atreveria a dizer que é mais um.