Coroa D'Ouro Reserva (branco) 2006

Continuando a (minha) demanda em busca de vinhos baratos, que acompanhem decentemente a comida da época, partilho com vocês um vinho branco do Douro. O produtor é bem conhecido pelos seus vinhos do Porto (Poças).
Este Coroa D'Ouro Reserva 2006 mostrou um interessante odor a combustível, dava-lhe um ar sério, sóbrio. Acabou, por ser para mim, o cheiro mais curioso. Encaminhou-se, entretanto, para a toranja, a laranja, a tangerina. A sensação tropical mandou durante algum tempo.
À medida que os minutos foram passando, a coisa livrou-se daqueles aromas mais pesadotes, os cheiros vegetais davam a impressão querer acercar-se do nariz. Uma aparente pequena nota a mel surgia, de tempos a tempos, pela frente.
Na boca, mesmo sendo (muito) visíveis algumas fragilidades (pouca duração e intensidade), os sabores conseguíram revelar bom estado de madures e frescura. Ao fim ao cabo, e apesar das suas limitações, acompanhou (decentemente) um arroz com abas de corvina e marisco, recheado com pimentos e tomate.
Quando se encaminhava para outros lugares, ficavam sensações frutadas, onde uma ligeira ponta mineral esforçava-se para dar um (pequeno) toque mais personalizado.
Mesmo com diferenças de comportamento entre a parte aromática (melhor) e a gustativa (pior), foi um vinho branco que se bebeu bem. Nota Pessoal: 13,5

Post Scriptum: Qualquer coisa como 3.30€ e anda perdido pelas prateleiras dos supermercados. Não fiquei arrependido do acto. Não havia, no entanto, a necessidade de usar a terminologia Reserva.
Começo a reparar que gosto dos vinhos brancos com algum tempo na garrafa. Dão a leve ideia que ganham com um pouco de evolução, mesmo quando a oxidação começa a dar sinais de vida. Gosto estranho.

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