Foi o vinho que os juntou!

Algures no Douro, perto de Sabrosa, e ao fim de inúmeras curvas e contracurvas cheguei ao ponto de encontro, ao X marcado no mapa. A ideia, simples, era dar um abraço a um compincha, a um companheiro de súcia internáutica. Fazia tempo que não debatíamos, não gesticulávamos,  ao vivo.

Vão já alguns anos que um homem, timidamente, se juntou à pandilha bloguista na York House. Foi dos poucos que, sem preconceito, se uniu a um bando que vai percorrendo, quase ostracizado, as quelhas da rede.  Recordo com saudável nostalgia os nossos primeiros debates. Esse momento tornou-se, indefectivelmente, o ponto de partida para uma rija amizade.
Mais um exemplo da riqueza acumulada, por mim, durante estes anos de labuta enófila.  É essa a razão de ser do Pingas no Copo.

As fotos colocadas aqui, à mão de semear, reflectem a conversa, a pândega enófila que decorreu durante algumas horas.
Percorremos alguns vinhos velhos do Dão e da Bairrada cheios de aromas complexos, distintos. Inebriantes. Recordámos, ainda, o Quinta da Manuela 2000 (fiz as pazes com este vinho) e sem ninguém esperar, veio para mesa um estreme Malvazia Fina 2009 do Douro. Fresco, seco e muito disponível para acompanhar peixe. Uma curiosidade.

Depois, e num acto despido de qualquer interesse, foram enfiados nos copos dois Portos de Família. Um deles, de 1930 e em honra à mãe, deixou-me estarrecido, não de medo, mas de admiração dada a beleza do líquido em causa.
Resta-me, simplesmente, usar esta publicação para prestar homenagem ao António José Serôdio (AJS).

Epílogo

Foi o vinho que nos juntou.

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