Resgate Enófilo?

Entraram na nossa casa. Estão aí o FMI, FEEF (coisa estranha), e os nossos politícos continuam, ainda, por cá. É muita gente estranha junta. Vá, não comecem a dizer que os politicos são o reflexo da nossa sociedade, que são um produto dela e que a culpa, eterna, é do povo. É sempre mais fácil diluir a conta, a pagar, por todos. Eu vou cruzar os braços e fazer um manguito. Toma!
Agora, por breves momentos, desloquemo-nos para o mundo do vinho e façamos, também, breves considerações. Quem sairá vivo, sem mazelas, deste embaraço, desta trapalhada? Creio que os grandes ficarão maiores e os pequenos, com ideias próprias e diferenciadoras, irão desaparecer num espirrro. Ficaremos, cada vez mais, cingidos, tal como no resto, ao que os grandes (do vinho) irão ditar. Sem falar que o consumidor de carteira espalmada, sem cheta, poderá regressar, novamente, para o garrafão. Perdão, para o Bag in Box. É mais elegante. Existe, no entanto, malta que continua a ter mais boas garrafas de vinho do que boas ocasiões para as abrir. É obra e merece, por parte de todos, aplausos de pé! A título, muito pessoal, gostaria de saber como será, é, possível? Estou, muito, disponível para aprender.

Teremos, portanto, direito a um resgate enófilo? Será que poderemos pedir ao FMI e FEEF (que coisa estranha) uns quantos cobres para mantermos o nível de qualidade, no consumo, a que nos habituámos nos últimos anos? Ou seremos confrontados com restrições? Dir-nos-ão para beber Terras D´el Rei e Terras Altas para os melhores momentos e Brilho de Uva para o day by day? E quem irá beber os outros? Pobres dos produtores chique. Que irão ser deles? Estou, já, a cismar ansiosamente com as loucas promoções que irão surgir. O pior é que irei continuar sem cheta. Mas sou eu!

Comentários

ricardo disse…
Espero não recorrer a nenhum resgate enófilo!

Terá de continuar a imperar o bom senso nas compras enófilas!
Pingus Vinicus disse…
Eu acho que vou ter que pedir.
ricardo disse…
Nada disso, antes disso haverá ( espero que sim) alguém que possa ajudar.
Terá de existir solidariedade, coisa que na Europa, parece que começa a faltar.