O estado da Nação Enófila!

Quais as expectativas para temporada enófila 2011-2012? Teremos mais do mesmo, tanto na dimensão i-enofilia como na dimensão tradicio-enofilia? Perspectivam-se alterações significativas na produção, na distribuição, na comunicação e outros anexos?
Como andam, as nossas edições impressas segundo as regras de Gutenberg? Sugerem-me algum adormecimento. Anda a ideia, pelo ar, que já houve mais procura, que já se falaram mais delas. E aquelas que se socorrem da web, como veículo de difusão, terão chegado ao limite? Deixaram de ter graça? Já não são, por agora, novidade?

A produção, em alguns casos, continua a lançar, para cima de nós, vinhos a preços loucos, algo alienados do momento, principalmente com a chancela Douro. Continuo a ser atacado pelo espanto quando pedem entre quarenta a cinquenta euros (estou a nivelar por defeito). Na verdade, serão sempre produtos blindados contra a crise. Como se irão esquivar os mais pequenos deste imbrólgio financeiro em que estamos metidos? Falências a rodos?
A distribuição parece-me que aposta, cada vez mais, em produtos brancos, de largo espectro, a preço baixo e pouco diferenciado. O poder de escolha está muito tolhido, pelas mais diversas razões.
Ao contrário de outros anos em que, por esta altura, começavam a brotar como cogumelos as novidades, meio mundo anda anestesiado. E parece que vai ficar assim, durante muito, muito tempo. Vai uma imperial?

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