Dócil segundo Niepoort

Não há muito tempo, começou a época baixa. Diria que a partir do dia da criança, decrescem as visitas, diminuem os comentários, até os anónimos, alter-egos de envergonhados, não têm vontade de aparecer. Devo-vos dizer que a coisa fica monótona. Um ou outro evento, uns mais alargados, outros menos alargados e pouco mais. Fica-se com a ideia que se anda, ou se está, em modo stand by. Fica-se pelo trivial. E este sujeito, que martela as teclas deste lado, não foge à regra.


Como tal, nada como assentar num sofá, de pés descalços, em postura de relaxe, e beber vinhos de estirpe dócil e perfumada, mais leves e mais joviais. Vinhos que se encarregam de aliviar malditas pressões, afastar temores, desviar malignas dores.


Vinhos que forçam a mão a pegar no copo, vezes sem conta, e sem se dar conta vão desaparecendo a ritmo mais ou menos acelerado da garrafa. Cumprem o preceito: vinho bom é aquele que não fica por beber.

Post Scriptum: Os vinhos foram oferecidos pelo Produtor.

Comentários

Nuno Cunha disse…
Original esta abordagem. Gostei.
Cumprimentos