O Branco da Quinta da Ponte Pedrinha

Recordações
Caramba, lembrei-me de uma coisa. Fizeram-me recordar, mais uma vez, o passado. Nos finais de Agosto, em Gouveia, Distrito da Guarda, na antiga Beira Alta, tínhamos por hábito colher amoras e outros frutos, para que as nossas mães e tias fizessem compota. Essa compota serviria como conduto principal de um lanche que iríamos fazer na nossa mata. Uma mata onde todos os sonhos eram possíveis. Éramos reis e senhores daquele espaço. Pensávamos nós.
Na tal mata, aquela que era nossa, imaginávamos que era um reino qualquer, defendido por meia dúzia de putos que se julgavam os últimos descendentes de uma qualquer tribo celta ou celta-ibera. Fazíamos barricadas, muralhas, espadas e lanças de pinho, escudos de lata, e elmos de cartão. Nada valeu. Os invasores ganharam, tal como na história real.
Passados anos, e já adultos, vimos aquela mata desaparecer. Estão lá, agora, casas. Mas os sonhos, esses, continuam bem vivos na minha memória e na dos meus companheiros.


Depois de um desvio por vagas lembranças, eventualmente sem qualquer sentido, registo agora aqui, no Pingas no Copo, céleres comentários sobre a novel colheita de vinho branco da Quinta da Ponte Pedrinha. Apontamentos, esses, que já partilhei na minha página facebookiana: "Impressionado. O Branco da Colheita de 2011, da Quinta da Ponte Pedrinha está muito bom. Trata-se de um vinho que custará, sei lá, menos de 4€ ou 3€. Seco, fresco, com boa amplitude mineral, sugestões de erva, flor amarela e fruta verde. Catarina Simões estás de parabéns."


Resta-me acrescentar, apenas, a seguinte missiva: que se consuma, o vinho, sem regras e sem rodeios.

Post Scriptum: O vinho foi oferecido pelo Produtor.

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