JPR: Alvarinho, Estremus e O.Leucura

Vai ser complicado falar sobre o assunto, sobre o sucedido. Quem o fizer terá que ter peito, estrutura, habilidade e capacidade para o fazer. O momento, os vinhos e a comida assim solicitam.



E começar por onde? Sei lá. Espaço e enquadramento que, logo à entrada, faziam antever a importância da coisa.






Timidamente se vai quebrando o protocolo. O vinho assim proporciona. E ainda bem. Come-se aqui, pica-se acolá, até assentar praça no lugar estipulado.
Começa, então, o chorrilho de novidades. Um Alvarinho. Simplesmente um Alvarinho. Um branco refinado, com requinte, que parecia querer confirmar, logo ali, as expectativas iniciais. Decididamente marcante.



Surge um tinto, alentejano, que segundo o rótulo se chama Estremus. Parece que é aquele vinho, segundo se dizia aos cochichos. Poderoso, tenso e envolvente. Pouco imediato (e ainda bem).



E lá se continuava. Avisavam, lá do canto, que iriam aparecer dois vinhos do Douro, com o mesmo nome, mas possuidores de características que os distinguia, que os marcava indelevelmente. Um vindo de parcelas de vinha alojadas a 200 metros de altitude, o outro tinha origem em parcelas de vinha situadas a 400 metros de altitude.




O primeiro, naturalmente, mais quente, com mais fruta, amplo e mais gordo. O segundo, presumivelmente, mais fresco, mais airoso, mais perfumado, mais feminino. Está-se, por isso a ver, para onde caíram as minhas preferências.
E apesar da noite caminhar a passos largos para o desenlace, é-nos apresentado o novo Vintage de 2011, que segundo consta é capaz de ser de ano clássico. Mas isso serão temas para gente que sabe, não para mim.



E que dizer mais? Um Vintage novo, escuro, com fruta fresca, saboroso e sei lá mais o quê. Um vício. Depois disto, aconteceram mais estórias, mas não contam para aqui.

Comentários

Anónimo disse…
Cagão...
Anónimo disse…
Caro Pingas.
estou de acordo o alvarinho é fenomenal, aliás é um dos meus vinhos favoritos. por outro lado intervenho não para si mas para a pessoa que escrevéu o coméntário acima. È uma falta de respeito este comentário para com o autor deste post ( que para além de perceber o que escreve já tem uma certa idade). irrita-me a falta de respeito de quem quer que seja para com as pessoas mais velhas. Quando se cririca há que apresentar argumentos a justificar o que se escreve. Desculpa este aparte caro pingas, mas não posso me calar perante as injustiças e a falta de educação.
Força. Alda (Licenciada em arqueologia e direito. nestre em jornalismo e direito e aluna de doutoramento). Este aparte é para saberem quem escreve.
Baruki disse…
Rapaz,

Seu blog é maravilhosamente interessante! Fico a passar horas lendo sobre suas visitas às vinícolas, ato o qual acho fundamental para se entender o que a mesma produz por seus diversos aspectos além das propriedades do vinho em si.

Planejo a médio prazo voltar à sua terra e poder visitar alguns produtores e vejo que tuas críticas serão de enorme valia!

Espero que entendas o meu português brasileiro, senão podes perguntar que não me ofenderei de maneira alguma, muito pelo contrário será um prazer.

Grande abraços,

Raphael Baruki.
Pingus Vinicus disse…
Obrigado Alda ;) Baruki claro que entendo o português do Brasil ;)