Sei lá o que dizer. Caramba, isto repete-se incessantemente, dia após dia. Chateia-me e irrita-me. Enerva-me. Ainda por cima, as visitas estão na rua da amargura. Por isso, continuo impressionado com a pujança que os meus pares possuem. É digno, é de louvar. Merecem fortes aplausos pela forte dinâmica, capacidade de intervenção, poder de reflexão e opinião. Muito bem.
Feito o preâmbulo, apraz dizer que são raras as vezes que bebo, isso mesmo, vinho tão desalinhado, tão solitário, tão desviado dos cânones previamente estabelecidos e por isso, peço-vos que evitem, desde já, qualquer comparação. Seria estapafúrdia, ridícula e vazia de qualquer conteúdo. Na verdade, ninguém sabe, eu não sei, o que é acreditar e defender algo, ou alguma coisa, de forma solitária e sonhadora.
Ainda assim, gostariam, presumo, que falasse de qualquer coisa sobre o vinho. De qualquer coisa que retratasse o estilo, o perfil e sei lá mais o quê, mas como poderão esperar, não sou capaz, não sei e não quero alongar-me em bacoquices. Só posso dizer que, porque é a única coisa que sei, é vinho que merece ser conhecido, bebido e interpretado. O resto fica por vossa conta.
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