Pedra D'Orca: Reserva 1996

Recordo ter falado, aqui, sobre simbolismos e símbolos. Recordo ter dito, mais coisa menos coisa, que há vinhos carregados de significados, de memórias muito pessoais, que nos reportam a factos, a momentos, a passagens marcantes que só a nós diz respeito. São, na maior parte das vezes, imperceptíveis aos restantes dos mortais. São, também, para quem toma um pouco de atenção, exagerados e exacerbados os motivos elencados.

É curioso o tipo de letra usado no rótulo. Faz alusão a um certo medievalismo.

Temos, por hábito, reservar os vinhos mais caros para registar tais passagens, tais momentos e memórias. Mas não é sempre. O exemplo de hoje, um prosaico vinho tinto de Cooperativa, pertence ao lote daqueles vinhos que mais (me) marcou e vai-se lá saber porquê.  


A Pedra D'Orca é um monumento megalítico que ainda existe.  A marca ainda existe.
Procuro, nos meandros dos meus diários, uma razão plausível para ficar efusivamente alegre quando vejo e revejo e bebo este tinto. Talvez, não sei ao certo, porque remete-me para a presença da minha mãe, para os alargados almoços e jantares de família. Coisas que já não voltam. Talvez seja por isso. Talvez.

Comentários

Anónimo disse…
Tu es dos que pensa que o pessoal é estupido, Sr. Agente Comercial dos Vinhos do Dão bebidos à borla. Uma boa parte do que tu achas muito bom no Dão é uma merda de vinho sobrevalorizado. Depois armas-te de filosofias e palhaçadas acerca da tua inocencia para tentar enganar e seguir aquilo que os teus amigalhaços produtores querem. Pingas no copo lambidas por prostitutas.
Anónimo disse…
Numa terra onde os blogs existem maioritariamente para justificarem vinho grátis, não entendo que se marre precisamente com o único que assume as suas inclinações.
Lê-se tanta trampa por esses blogs fora, sobre vinhos que não servem nem para o peixe,que não se entende a implicância.
Talvez somente o facto deste ser o único blog que valha a pena ler.

Caro Pingus, não ligue a insultos de gente sem a coragem de os assumir. Continue a escrever para nós que gostamos de o ler.

Ass: José Marcello

Antunes disse…
Não concordo com o comentário do anónimo que partinto para a verborreia mental perde tota a razão que poderá ter, mas também não concordo em absoluto com o sr. José Marcello.
A razão porque de vez em quando passo por este blog de vinhos não é o meu interesse pelo vinho, pois aqui mais não se pode ser do que palavras saídas de um estado inébrio, que nos causam alguma piada, alguma vontade de ler o que lhe saiu desta vez mas mais nada do que isso.
Concerteza que é um Blog ligado ao Dão, que faz lobby por todo o Dão e que assim o temos de aceitar ou senão ignorar. A forma de escrever é sem dúvida salutar dentro de uma região como o Dão. Não dizer realmente o que é cada vinho e dizer que todos lhe trazem uma diferente memória, experiencia, comichão, sei lá, é óptimo para se continuar de bem com todos. Divulga-se o vinho. Não! esqueçam lá isso. A região até tem vendido menos nos últimos anos.
Mas divulga-se uma forma de viver junto do vinho, em contínua festa e alegria, comezainas e copo cheio. Isso todos gostamos de ler. Mas em boa companhia não precisa de ser vinho do Dão ou o vinho A, B ou C. Por isso aqui não interessa a tão fadada nota de prova, não e isso que se cá vem ler. O futuro da imagem e venda do vinho português está na exportação e quem precisa de vender lá fora não vem aqui procurar opinião.
Mas é um Blog a ler sim senhor. Nem todos precisam de ser iguais e todos, de uma forma correcta e respeitosa, têm o seu lugar. Eu leio alguns com alguma frequencia e cada um é diferente do outro. Mesmo com os mesmo vinhos a abordagem é diferente.
PS: Desculpem o texto longo.
Anónimo disse…
Onde é que fica a Rua da Misericórdia?
Anónimo disse…
Ó anónimo vai pó caralho, quem te manda ler?

Daniel
un_parisien disse…
Se quiseres peço a um amigo informático para tentar encontrar o computador deste artista.
Anónimo disse…
As visitas devem mesmo andar em baixo e por isso criam-se personagens, sob a capa do anonimato, e tenta-se animar a coisa. Insulta-se, defende-se, inventa-se… tudo em nome do espetáculo e das visitas.

E depois promove-se.

Depois veste-se a capa de virgem ofendida.

Depois promove-se… auto promove-se…

No fundo és igual a muitos outros. Não ofendes a roupazinha de uma qualquer jovem vitima de cancro mas não deixas de ser um Arrumadinho wannabe. Sonhas em ser uma Pipoca mais Doce e atingir um patamar semelhante de fama e atenção…

E como o amiguinho não pode agora vir aqui dar prémios do grupinho dele ou bradar aos Deuses como és único ou diferentes, ou o camandro, restam-te as personagens.

Mais valia de vez assumir também o inglês que tão de repente passou a ser a marca do FB. É cool. Fica bem. Mesmo que o amiguinho não possa agora vir dizê-lo… está ocupado. E não há vinhos para dar em troca do elogio que o outro não deixa.

Sob o manto do anonimato as verdades por vezes até saem. De propósito ou não mas vêm para fora. Promove-se uma região. Tudo é bom. Mas apenas na região. E critica-se quem assume posições diferentes ou semelhantes. Critica-se quem não faz do mesmo seguidismo a sua posição.

Lavoisier estava errado. Tudo se transforma mas muito se perde.

E no final do dia, naquele breve momento antes de adormecer, enquanto de reflete na cama os últimos instantes do dia sabes a verdade. E o que te deixa inquieto é saberes que ao final é apenas mais um. Disfarças-te de arauto da verdade mas é igual.

És igual não por aceitar vinhos ou visitas. Não por ir a jantares ou almoços. Não por teres produtores amiguinhos, amigos ou favoritos. Não por o assumires ou deixares de assumir e tapares tudo com o manto da promoção da região que dizes amar.

És igual.

És igual porque acabas por ser mais um sacana sem espinha ou coluna vertebral. E é isso que te incomoda porque te torna igual a todos os que desprezas e odeias.

És igual… mesmo que tentes ser diferente.

Atenciosamente
Afonso Cruz
Hugo Mendes disse…
Presente!
Não sou amiguinho. Sou AMIGO!
Não giro um grupinho, giro um grupo, onde a discussão consegue ser um pouco mais interessante que esta troca de nada. Que esta patetice! E sabes pq? Pq no facebook dá mais trabalho ser cobarde (normalmente acumulam esta característica com outra. São calões!)

E Não, NÃO ENVIO AMOSTRAS PARA BLOGGERS!
Podes continuar incomodado com isso!

P.S. Não é possível o Pingas vir a ser, algum dia a pipoca mais doce, pelo simples facto de não existirem leitores interessados em numero suficiente. Somos entre 100 a 150, e sabemos os nomes uns dos outros. Não é Afonso?

Pingus Vinicus disse…
Bem vindo Afonso Cruz. Continue participando. Gostei da sua abordagem.
cupido disse…
Troco o Afonso Cruz por uma dica da semana do ano passado e um dvd do toni carreira no coliseu :)
Anónimo disse…
Tomem um bom vinho e parem de briguinhas tolas.

Anônimo Carvalho Americano