Uma questão de Cotas

Com a distracção que o dia a dia impõe, acabamos por não observar determinados acontecimentos da melhor forma. Andamos, por ali, sem perceber, ou a perceber de forma errada, o que efectivamente se passa ou passou. Por vezes, e porque julgamos ser senhores e reis do pedaço, não damos conta que o nosso discernimento está tolhido.



Basta mudar de cota, subir mais uns quantos metros até lá a cima, para perceber melhor o que se passa na realidade. De cima para baixo, ficamos a ver de forma mais clara a movimentação das peças do xadrez. Fica mais visível, quem é quem, como actua, como se comporta. A vida parece ter outra vida, observam-se pormenores que dantes eram imperceptíveis, que passavam completamente despercebidos. Os ares são, de facto, outros. Mais frescos, menos abafados, mais airosos.



De facto, a cotas mais baixas, tudo parece (nos) igual, semelhante e pouco clarividente. Feita a experiência com as diferentes cotas, percebe-se facilmente que lá do alto se fica em posição privilegiada. Depois resta tomar, se possível, as melhores decisões. 

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