As Maias

Uma Flor que traz à lembrança momentos, locais e pessoas de enorme relevância pessoal. Uma Flor simples, sem grande beleza aparente, meio rude, mas que simboliza o que tem de simbolizar. 


As Maias são evocadas, ou eram, numa efeméride com origens  numa antiga festividade celta que celebrava o início do Verão: Beltane. Maias é Maio, o prelúdio do tempo quente, o fim da dureza do Inverno. Flor de um arbusto que servia e ainda serve para algumas coisas.  


Das visões mais intimistas e reconfortantes, e que guardo numa gaveta, é a de uma determinada encosta bem íngreme adornada pelo amarelo, batida pelo vento de suão. Ondulavam as tais flores num suave bailado, de lá para cá e de cá para lá. Numa coreografia hipnotizante, em que o amarelo ia mudando de tons. A minha mãe, personagem que esforço por manter viva, tinha por hábito assistir com uma paciência indescritível a tal espectáculo. Eu, na altura, olhava para aquilo tudo com algum fastio. Um fastio normal de uma criança.

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