Esporão

Enquanto bebia mais que um copo, recordava o que Hugo, no outro dia, dizia sobre a comunicação online do Esporão. Eu, para completar, diria que o Esporão é, em muitas áreas, um bom caso de estudo (par de outros): enoturismo, vinhos, presença no mercado, rótulos, um sei lá de áreas diferentes. Um trabalho, sob um olhar pessoal e muito despreocupado, bem feito. A dimensão do projecto e capacidade financeira, naturalmente, ajudam. Mas as boas ideias, essas, são ou serão fundamentais. 

Aqui entre nós, devo confessar que fui durante anos um fã incondicional deste vinho branco. Foi durante, algum tempo, um vinho para a ocasião especial. Depois, como tudo, larguei-o. Também, o peso da madeira e alguma robustez, a dada a altura, influenciou o afastamento.
O Reserva, branco ou tinto, a par do tradicional Monte Velho, deverão ser, parece-me, os porta-estandartes mais conhecidos da empresa. Ambos, no patamar em que se encontram, surgem disseminados por todo o lado e cumprem, na perfeição, a função.

Começo a ter a percepção, sustentada em meia dúzia de copos, que há uma ligeira mudança no perfil. Ando com a ideia que está menos pesado, menos gordo, mais leve, mais fresco. Outra nota curiosa e marcante, é que este vinho demonstra, inúmeras vezes, que tem uma boa ou muito boa capacidade de evolução. 
Se, por momentos, podem parecem banais, porque aparecem em todas as prateleiras, levando-nos a olhar para eles com certo ar de saturação, a verdade é que quando abrimos uma garrafa, percebemos que a coisa é muito bem feita. 

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