A categoria 20 anos é, provavelmente, a mais tramada de todas e não aquelas que se situam mais abaixo, como se diz por aí. Abaixo do patamar 20 anos, pouco ou nada interessa ou desperta verdadeira curiosidade. São, na maior parte das vezes, vinhos relativamente caros, com pouca complexidade, com elevada doçura e pesados. Sem interesse e não recordo um que atice a vontade de repetir. Logo, a coisa acaba por tornar-se fácil.
Com a categoria 20 anos temos, presumivelmente, a possibilidade de perceber, um pouco, o que são ou serão vinhos do Porto com mais idade. Apesar de mais caros, é possível descortinar o topo da cadeia. Conseguimos imaginar o que será e como será. No entanto, também aqui, nem sempre alcançamos um vinho que seja capaz de encher as medidas e compensar o investimento feito. Os engarrafamentos variam e influenciam o resultado final o que cria um amargo de boca. Deixam-nos, muitas vezes, a meia missa e defraudados o que não foi o caso deste Taylor's. A satisfação pessoal aumenta ainda, pois claro, quando bebemos sem pagar o que acaba por ser o cenário perfeito.
Comentários
Se em Portugal o vinho do Porto que se consome é aquele que designa por "... pouco ou nada interessa ou desperta verdadeira curiosidade. São, na maior parte das vezes, vinhos relativamente caros, com pouca complexidade, com elevada doçura e pesados. Sem interesse e não recordo um que atice a vontade de repetir.", incluindo neste pacote as sub categorias tawny e 10 anos, pois pertencem ambas ao mesmo estilo, o que fazer para as pessoas consumirem o vinho e a categoria referidos no seu post? As pessoas já acham caro dar € 5-7 por um tawny corrente, quanto mais um 20 anos.
Amílcar Ferrão
Abraços,
Flávio
Porto Barros Colheita 1935
Compram-se às caixas por €2 ali na mercearia da esquina.