Estava Perfeito ...

Digamos que foi outro tónico. Tónico para a alma e para o corpo. Como tal, serviu e cumpriu na plenitude o que esperava dele. Vinho da terra. Terra que agora está diferente. 


Esta garrafa, esta mesmo, estava perfeita. Não a garrafa, naturalmente. O vinho. O vinho estava perfeito. Deu enorme prazer. O seu brilho contrastava com a escuridão que se tinha abatido lá na terra.


Não me apetece dizer mais. Não consigo. Não estou para, porque o vinho não merece, descrever de forma uma porrada de cheiros e sabores, sem alma e sem conteúdo. Não me apetece. Apetece dizer, apenas, que estava perfeito.

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