Terras do Mendo: Le Petit Pellada

Não sei se, após os fogos de 2017, este produtor continuará a existir. Se se extinguir, desaparecer, atrevo-me a dizer que será uma perca considerável para a região do Dão. Sou um adepto confesso dos seus vinhos brancos. Diria que os seus vinhos brancos (acho que só existe Encruzado) são um autêntico tesouro, quase intacto, ou um segredo, muito pouco conhecido, por entre aqueles que gostam de mamar uns belos copos de vinho. Vendidos a um preço muito abaixo do seu valor real. Bastaria que tivesse outro rótulo, para custar mais meia dúzia de euros.



Este 2015, apesar de profundamente jovem, ainda muito irrequieto, ainda meio perro, mostra, sem qualquer margem para dúvidas, um enorme carácter, sobriedade e uma frescura acutilante. Cheio daquelas impressões que os sábios dizem ser minerais, vegetais e citrinas. Depois, exagerando ou não, pouco importa, este vinho, a espaços, dava a ideia que era, na verdade, um Pellada, um Saes ou um Primus, sei lá. Tipo uma marca branca de Álvaro Castro. É assumidamente um Le Petit Pellada que aconselho, a quem me segue, que comprem, provem e guardem, sem qualquer receio. Ele não vai morrer tão cedo.

Comentários

Anónimo disse…
Olá,
onde é que estes vinhos se vendem em Lisboa?
Obrigado
João
Pingas no Copo disse…
Olá, acho que existem nos Goliardos.
Eu compro no ITM de Seia; Gouveia. Geralmente nos ITM da zona.

Um abraçi
Anónimo disse…
Esses Intermarché dessa zona devem ser muito bons, raios#@*
Pingas no Copo disse…
No que respeita ao vinhos do Dão, têm muita coisa que não existe noutros lados. Muito produtor mais pequeno aparecem pelos ITM da região.
Quando vou lá à terra, são nos itm da região que me abasteço.

Abraço!