Vinha de Santa Ana: A Insustentável Leveza do Ser

Ora bom dia! Naquele registo em que achamos que influenciamos alguma coisa e que os produtores passam a vender muito mais, por causa das nossas palavras, permitam-me aconselhar mais um vinho. 
Depois de uma ou duas provas fugazes, este fim de semana tive a possibilidade de me dedicar a este vinho com toda a tranquilidade. Com a minha tranquilidade, à minha maneira, com os meus modos. Com a minha forma de olhar para o vinho e acompanhado pela minha pessoa. É o que me importa, ao fim ao cabo.


O vinho é profundamente coerente com o historial do produtor. Não somos confrontados, em tempo algum, com qualquer desvio ao que estamos habituados e ao que é expectável.


Muito limpo, cristalino, com muitas sensações ou estímulos, como queiram, que nos reportam para climas frescos, húmidos, com muita pedra. Muito leve e sadio. Acima de tudo, repleto de equilíbrio e finura, o que nos diz que perderia num confronto directo contra aqueles vinhos mais intensos, gordos e kitados. Ou que seria preterido se fosse provado ou bebido em clima de prova cega, que tantos adoram. Depois, porque também é importante, ficou a sensação que o tempo vai contribuir para enriquecê-lo, amadurecê-lo, torná-lo mais adulto, como é tradição com este produtor. Temos vinho, por isto tudo e mais alguma coisa.

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