Peixe em Lisboa: Até um dia!

Tenho ido, quando posso, ao Peixe em Lisboa. Era mais uma oportunidade para comer algumas coisas assim mais para o diferente. Gostava muito, curtia mesmo, quando era no Pátio da Galé. No Pavilhão Carlos Lopes não tenho gostado tanto. Senti, na pele, enormes mudanças no ambiente. Não consigo concretizar melhor. É algo se situa no domínio do íntimo. Posso, por isso, estar a ser injusto.
Voltei lá. Senti que não pertencia àquele lugar. Senti-me deslocado. O evento é demasiado elegante e social para mim. Não consegui desfrutar da ocasião, como no passado. Senti-me mal vestido, mal amanhado. Com uma indumentária pouco adequada ao lugar. 
Está colocado, pareceu-me, num patamar económico-social que não é o meu. Não é uma crítica ao evento. Não quero sequer fazer qualquer dissertação sobre assuntos que não percebo puto. Não vale a pena, por isso, virem para cima de mim. Sou daqueles gajos que apenas quer desfrutar, sentir-se confortável. Mas senti-me perdido.


Não quero falar do que comi, porque se está no universo das opções. As minhas. Podia ter escolhido outra coisa. Mas foi o que foi. Mas caramba, uma coisa são doses pequenas, de degustação, outra coisa são os hologramas. E pareceu-me ver muitos. 
Relativamente ao vinho, epá, fiquei com a ideia que para se beber algo mais decente e interessante é preciso subir muito na escala do preço. Acabei por beber um branco leve da Estremadura (dois euros) que foi mais barato que uma garrafa de água. Por isso, quando as relações acabam, costuma-se dizer: foi bom enquanto durou. Até um dia!

Comentários

Anónimo disse…
Carissimo senti tal e qual a mesma coisa... de tal.forma que adiei tanto a minha ida este ano que acabei por não ir. Fui no ano passado e desiludiu. No pátio da Gale o evento tinha outra classe. A minha classe talvez. Abraço e obrigado por partilhar esta opinião. Achava que era eu que estava a ver malguns a coisa. AAndrade