A Pescada Cozida

De confecção simples, é das coisas que mais gosto de comer. Fresca e com calibre assim para médio/grande, a pescada cozida ocupa lugar no topo das minhas preferências, junto a outras tantas.


Com uma boa dose de sal, antes de ir para a panela para puxar pelo sabor. Depois cozida com cebola e dois a três dentes de alho, com um raminho de salsa e coentros. Não deixar cozer muito, para não se desfazer. Perde a graça. Na verdade, chateia-me comer o peixe demasiadamente cozinhado. Seja ele cozido ou assado. A parte do bicho que prefiro é, sem qualquer dúvida, a cabeça. Se ela tiver tamanho xxl consegue alimentar dois estômagos potentes. E todos os recantos, espinhas e cartilagens têm o seu encanto e profundo sabor. É chupar até ao fim. Tudo, na cabeça, serve para este propósito. É tipo caça ao tesouro.


Para acompanhar este peixe da família dos cienídeos, uso uma porrada de coisas: batatas, feijão-verde, cabeça de nabo, grelos (prefiro os de nabo), cenoura e, pois claro, um ovo cozido. Depois tudo bem encharcado em azeite, com umas esguichadelas de vinagre, para poder molhar o pão. O vinho tem que ser assim qualquer coisa para o ligeiro e fresco, sem grandes complexidades. Apenas para ir desembuchando.

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