Quando estes vinhos e quejandos iguais começam a usar a expressão vinhas velhas, apetece-me pedir para que não metam nos vossos rótulos tal indicação. Começa a ficar demasiado banal, vulgarizado, corriqueiro. Começa a saturar. Não metam. É quase uma afronta às vinhas que são mesmo velhas ou às vinhas que são mesmo especiais.
Epá, comecem a usar outras referências como vinhas imberbes, infantis, vinhas adolescentes, vinhas da puberdade, vinhas de meia idade, vinhas idosas ou vinhas do outro mundo. Só para contrariar. Puxem pela imaginação, para serem diferentes, mas não exagerem muito. Já há muita vinha, reserva ou colheita especial.
De um momento para o outro surgiram uma porrada de vinhos que são de vinhas velhas. E eu que pensava que as vinhas velhas eram qualquer coisa que estava em vias de extinção, a rarear. Algo quase holográfico. Como sempre, estava enganado.
De um momento para o outro surgiram uma porrada de vinhos que são de vinhas velhas. E eu que pensava que as vinhas velhas eram qualquer coisa que estava em vias de extinção, a rarear. Algo quase holográfico. Como sempre, estava enganado.
Começo a achar que existe rótulo a mais para tão poucas vinhas velhas e similares. Até fotos com velhinhos a pousarem junto a uma qualquer cepa de idade avançada surgem com assiduidade. Verdadeiros milagres da multiplicação. Faz lembrar o que se dizia sobre a touriga nacional. Pouca Touriga para tanto vinho. Apetece dizer que basta estar no rótulo vinha x que a malta compra.
Comentários
Penso que a questão das designações de rótulo deviam ser regulamentadas pelas CVR's. Como em França, Alemanha e Espanha, onde até os vinhos com perfil "novo mundo" têm direito/dever a uma menção especial.
Não vale a pena marchar contra as designações comerciais das quais se usa e abusa. O vinho bom, como em França ( e nisso eles são os maiores) nem precisa de contra-rótulo para explicar nada!
Boas provas,
JS
Abraço
JS
JS