Vital de Hugo Mendes


Não se pretende fazer uma nota de prova, com uma porrada de descrições mais ou menos aceitáveis. Entre cheiros e sabores, acabava por perder o essencial. Se gostei ou não do vinho.
Bebi três vinhos do Hugo (HM Lisboa17, HM Fernão Pires18 e Vital18) e por entre estilos, abordagens ou formas, assumo publicamente que o Vital foi o vinho que mais me encantou, não é que não gostasse dos outros. Mas este prendeu-me. Cativou-me. 


Dizem por aí que era ou é um vinho frágil, sem estrutura, quiçá delgado e vazio, a precisar de mais volume, mais cabedal. Não sei se é verdade ou não. Para o caso, o meu, pouco importa. O que importa ou importou foi que gostei bastante dele. Gostei francamente, sem favores ou concessões. O Hugo não precisa deles.
Gostei das sensações a maçã. De uma maçã qualquer. Talvez reineta, talvez verde, talvez outra variedade. Gostei do sabor fino, elegante e seco. Não sendo um estrondo na boca, esmagador, que não é, não o achei oco. De todo. 


Presença e volume mais que suficiente para que fosse bebendo a garrafa até ao fim. Sempre com prazer, sempre com vontade.
Dá vontade, haja coragem e paciência, de lhe dar mais tempo. Metê-lo na escola do tempo, para o ver a aprender, amadurecer e crescer. E ver no que se poderá transformar. Eu apostaria forte.


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