Serra cor de rosa

Está muito calor, mesmo muito. Caramba, isto está de mais. Dizem os entendidos que estas altas temperaturas estão relacionadas com massas de ar vindas de África e de Espanha (nem bons ventos nem bons casamentos). Eu dou-me mal com este tempo. Devo ter qualquer coisa no meu código genético que reage mal. A minha mulher é que sofre. Nem imaginam as discussões que temos quando vamos ao Alentejo, nesta altura. Ela como mulher do Sul está habituada...
Para combater este forno, nada melhor que beber um branco, um espumante ou um rosé. Desta vez, optei por beber um rosadinho.
A minha escolha recaiu para mais um vinho das Terras do Sado. Produzido pela Bacalhoa Vinhos, Serras de Azeitão Rosé 2005.
Até este momento, falar deste nome era sinónimo de branco ou tinto. Ambos muito correctos, que cumpriam na perfeição o seu objectivo. Boas opções para o nosso dia-a-dia. Pessoalmente, sou um adepto confesso do branco.
No que respeita este vinho, libertava aromas típicos de rosé. Morangos, framboesas, alguma menta para dar graça e pouco mais. Numa linha muito comedida, quase imperceptível.
Na boca, entrava refrescante, mas rapidamente desaparecia no meio dela. Pouca presença na boca. Senti um vazio qualquer. Alguma secura para animar. Pouco mais que água. O seu final deixava pouco para recordar. Desculpem a minha frontalidade!
É menos doce que o Rosé do Domingos, que já provei, mas é mais fraco, com menos personalidade. Nada mais tenho para dizer. Uma história pequena! Custou-me menos que 3,5€ numa superfície comercial. Dos rosés que bebi neste ano (foram muito poucos), O Barranco Longo, foi aquele que mais gostei.
Já agora de onde vem esta enorme febre de rosés? Excesso de produção? Moda?
Nota Pessoal: 12,5

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