Manuel Vieira

Uma breve passagem para vos falar um pouco (vai ser mesmo muito pouco) de um Rosé de Vinho Verde. Rosé Manuel Vieira 2005. Um vinho lançado este ano. Uma novidade no portefólio da Sogrape. Aliás, este gigante tem nos vindo a surpreender com algumas opções comerciais. Pessoalmente, algo confusas.
Cor característica deste tipo de vinhos. Rosada.
Aromas a morangos, menta e a habitual bolinha de neve, mais uma vez esteve presente (já alguma vez sentiram este odor?). Alguma doçura.
Na boca, com boa acidez, tornando a pinga refrescante. Sabores a morangos e a pastilha elástica. Um conjunto equilibrado, num estilo vivaço e engraçado. Um vinho para ajudar a combater o calor, que tarda a ir embora.
Nota Pessoal: 12,5

Comentários

Cada vez entendo menos as opções da Sogrape, mas pronto isto é com eles, agora acho que este constante lançamento de novos vinhos enfim...

Será uma homenagem ao vocalista dos ENA PÁ 2000 :)
Pingas no Copo disse…
É verdade o que dizes.
Espero que terminem ou abrandem um pouco em algumas novidades que a Sogrape tem vindo a lançar. Algumas muito estranhas. Mas é a minha opinião.
NOG disse…
Sem dúvida que as opções da "Sogrape" têm dado que falar. Mas também é verdade que são, muitas das vezes, um sucesso comercial - veja-se o "Grao Vasco (T) Alentejo".
Pessoalmente, também tenho reticências, mas para surgirem "Barca-Velha(s) 1999" e "Ferr. Colheita(s) 1998" é preciso vender outras coisas menores e em muita quantidade. Isso mesmo dizia-me, faz tempo, um dos responsáveis da família Torres: que para colocar o "Mas La Plana" a menos de €20 tinha que vender centenas de milhares de "Sangre de Toro" a €5.
Não me levem a mal - concordo com vcs - mas a perspectiva comercial está (infelizmente?)cada vez mais implícita no negócio do vinho. Um bom exemplo... já viram por que valor o J. Berardo adquiriu uma parte (minoritária) da Sogrape? Dá que pensar.

Abrações aos dois,

N.
Grão Vasco Alentejo sucesso comercial ?
Bem dei aqui uns mergulhos para o soalho que nem te conto... mas isso vende onde ?
Dizia um amigo do Alentejo, tenho ali as garrafas a ganhar pó e em 4 meses nem uma vendi...
Mas alguém no seu perfeito juizo vai comprar o Grão Vasco Alentejo ??? Nem com certas ajudas de algumas notas de prova mais bondosas... :)
Pingas no Copo disse…
Entendo a ideia do Nuno e na generalidade concordo.
João, já pensaste, por um minuto que seja, que um Grão Vasco Alentejo é capaz de vender muito mais que um Grão Vasco Dão, pelo menos nas grandes superfícies comerciais do litoral?
Evidentemente, se falares no Alentejo, o assunto pode mudar de figura e aí dou-te razão.
Mas se calhar o Grão Vasco Alentejo e Douro não foram criados para ser tops de vendas nestas duas regiões. Mas fora delas...
Gostava de saber os números de vendas do Grande Vasco Alentejano...
E já agora, o vinho do Alentejo onde é mais consumido... penso que seja obviamente dentro da própria região... ora que eu veja o dito pintor não goza de muita fama nestas bandas.
Pingas no Copo disse…
João, uma nota à parte. Sabes qual é a minha opinião sobre o assunto. Já o discutimos várias vezes. Não estamos em desacordo... :)

João, o vinho alentejano pode ser o vinho eleito, no Alentejo, o que se consome mais. É natural!

Mas desconfio que seja no Alentejo que os produtores (estou a falar dos alentejanos) ganhem a maior parte do seu dinheiro (é uma mera suposição pessoal, que não têm qualquer validade, nem é sustentada).
O mesmo se passa com os produtores do resto do país.

Todos pretendem entrar nos grandes mercados. E eles situam-se onde? No litoral. É aqui se ganha o guito. E como o fazem? Através das gamas baixas, São estas que lhes dão o sustento para poderem trabalhar nos seus Tops, certo? Ou estarei errado?

Um abração
Ora então isto quer dizer que TU andas a beber Grão Vasco Alentejo... ;)

Não te deixo de dar razão, mas assim a brincar dá impressão que no litoral só se bebe mau vinho ;)
Anónimo disse…
Amigos, a vossa discussão é interessante. Mas eu que sou do litoral, das grandes massas de consumo, rodeado por 4 grandes suprefícies, vos digo que basta entrar numa delas e observar os consumidores. Principalmente aqueles que geralmente consomem ocasionalmente, ou os não apreciadores. Acreditem que estes, e não são poucos, compram Alentejo barato. Monsaraz, Monte Velho, Porta da Ravessa, etc. etc. Pouco se aventuram em Extremadura, muito menos Ribatejo. Bairrada está a morrer,e Dão vai sobrevivendo. Douro e Alentejo vendem! O markting bem feito não falha...
PS: Estou a falar de vinhos baratos...
E nos vinhos baratos uns dos que mais sai é o Terras del Rei, Porta da Ravessa, Convento da Vila, Monsaraz, Conventual, Couteiro-Mor... por vezes esticam um bocadinho e Monte Velho, Fundação Eugénio de Almeida, Marquês de Borba, Loios...
Pingas no Copo disse…
Isto sem falar no Cabriz Colheita Seleccionada, no Evel, Saes, Terras do Pó e em tantos outros.
É nestas gamas que os produtores ganham o tal sustento para se manterem vivos e trabalharem descansadamente nos seus topos de gama.

Como diz o Pedro Sousa e muito bem, basta olharmos com um pouco mais de atenção para o que acontece nas grandes superfícies e reparamos nos vinhos que geralmente os consumidores levam para casa. Vinhos que não ultrapassam os 4€ (preço de parteleira)

Voltando à Sogrape, se calhar, foi a pensar neste target que meteu o Grão Vasco no Alentejo e no Douro, que só são as regiões que vendem mais em Portugal e no estrangeiro. Está errado do ponto de vista comercial? Aparentemente, não! Vai dar resultado? Vai ser um sucesso? Isso agora só a Sogrape poderá dizer.
NOG disse…
João,
Quem me falou da tiragem e do suposto sucesso comercial do "Grão Vasco Alentejo" - na ordem das centenas de milhar de garrafas - foi outro ilustre alentejano (não por acaso produtor de vinhos). Não sei se ele tem razão, mas também não tenho razões para duvidar.
Em qualquer caso, compreendo bem que prefiras admitir que são outros os sucessos do Alentejo.

João e Rui,
Agora essa de que o vinho do Alentejo é mais consumido na própria região carece de alguma explicação (não sou capaz de mergulhar no soalho!). Nunca tinha ouvido tal coisa. Poderei estar, novamente, errado, mas sempre me constou que o vinho alentejano vendia o maior n.º de garrafas (não falo do granel) na zona da grande Lisboa.
Sempre a aprender, concluo.

N.
Pingas no Copo disse…
Nuno, mas estou de acordo contigo.

Em resposta ao João eu disse "... o vinho alentejano pode ser o vinho eleito, no Alentejo, o que se consome mais. É natural!
Mas desconfio que seja no Alentejo que os produtores (estou a falar dos alentejanos) ganhem a maior parte do seu dinheiro (é uma mera suposição pessoal, que não têm qualquer validade, nem é sustentada).
O mesmo se passa com os produtores do resto do país."

É claro que é na zona da Grande Lisboa que se vendem mais garrafas e onde a facturação é maior. Não há dúvidas sobre isso.

Que determinado vinho seja o mais bebido numa determinada zona, não faz dele um sucesso comercial. Pois, como sabes está dependente do número de consumidores existentes. E por muito que se beba vinho alentejano no Alentejo, é nos Grandes centros urbanos que se vende mais. E, se calhar, foi a pensar nestes mercados que foram lançados os Grão Vasco Alentejo e Douro.

Abração, Rui
É isso mesmo... atenção que eu quando falo do consumo de vinho do Alentejo no próprio Alentejo é no âmbito de que seja a zona que mais se consome, não onde mais vinho se vende.

Agora também estou de acordo com o lançamento desse vinho para mercados alvo,que supostamente compram vinho do Alentejo.
NOG disse…
Já agora,

Como se faz para permitir comentários sem escrever a palavra com letras deformadas?
Pingas no Copo disse…
Nuno, podias explicar melhor? Desculpa mas não percebi muito bem...

Abração
Rui
NOG disse…
Já não é preciso. O João ajudou-me. Queria saber como se desliga o mecanismo pelo qual antes de por um comentário tens de escrever uma frase que te aparece de deformada.

Abraços,
Anónimo disse…
Atrevendo-me a mais um só comentário, que a conversa já vai longa, e voltando ás grandes superfícies, acho que faz-se boas compras, em relação aos preços. Basta andar atento ás campanhas, e principalmente ás feiras do vinho. E para além disso, aparecem aquelas garrafas que ás vezes nós pensávamos que já era difícil de as encontrar...
Pingas no Copo disse…
Pedro Sousa, atreve-te sempre que quiseres. :)

É verdade! Nas grandes superfícies aparecem/apareciam, por vezes, bons "negócios". No passado, assim foi.
Agora o panorama das feiras de vinhos é muito mais cinzento, mais tristonho. Basicamente resumem-se aos vinhos pertencentes às gamas mais baixas/baixissimas.

No entanto, lá continuo nas minhas actividades exploratórias, à procura de qualquer "coisa" que valha a pena. Quando a carteira não é farta, não existe outro remédio.