Outra vez o síria de Castelo Rodrigo (2006)

Regresso a um vinho branco já provado e badalado por estas bandas. Um branco da Beira Interior (e da Cooperativa de Figueira de Castelo Rodrigo), feito unicamente com a casta síria. Mantêm, de grosso modo, o estilo da colheita anterior (2005) e continua a ostentar um preço muito razoável. Ronda os 3,5€.
Muito clarinho na cor. Fazendo uma grosseira comparação (mais uma entre tantas que faço), diria que estava perante um espelho, onde as imagens reflectiam sem qualquer distorção. Aromas joviais, alegres, repletos de flores brancas, tangerina e laranja. Era como se estivéssemos perante um prado. Laivos de maçã verde, erva e pedra molhada davam-lhe um aspecto limpo, viçoso.
Na boca mostrou-se fresco, bastante citrino, com alguma mineralidade.
Um vinho correcto, bem feito, destinado a dar prazer no dias de calor.
Começa a revelar alguma consistência de ano para ano. Não sendo um super-vinho, (não será esse o objectivo), é uma proposta que merece ser desfrutada enquanto a exuberância aromática e gustativa forem o ganha pão deste vinho. Nota Pessoal: 14,5

Como sempre, não aceito reclamações.

Comentários

Anónimo disse…
Um bem haja pela prova e pela publicação.

Antonio Madeira
(Um "bacelo" da enologia)
Pingas no Copo disse…
Caro António Madeira, eu é que agradeço por ter vindo até aqui e ter perdido o seu tempo a ler uns quantos desvairos pessoais.
Anónimo disse…
Só o encanto de uma região, a dedicação das suas "gentes", a beleza das suas vinhas e o árduo trabalho fizeram com que F.C.Rodrigo desde os seus antepassados até aos dias de hoje fosse considerada uma região exímia para a produção do vinho branco.MJorge
Pingas no Copo disse…
Caro M. Jorge, acredito que essa região da Beira (que tanto admiro) é potencialmente uma zona indicada para criar vinhos brancos interessantes.

Cordialmente.
Anónimo disse…
siria e muita bom!