Quinta de São Sebastião I

Um dos problemas do nosso país foi e ainda será, durante muitos anos, a dependência excessiva dos subsídios (vindos da União Europeia). Mal aplicados, esbanjados em coisas sem sentido e supérfluas. Agora, olhamos para trás e reparamos no que devia ter sido feito e não foi. Não foi acontecimento raro na nossa história. Lembremos a Epopeia Marítima. Trocávamos ouro, especiarias, madeiras, marfim, por produtos manufacturados da Flandres, do Norte da Europa.
Subsídio (2005)
é, também, o nome de um vinho tinto produzido pela empresa Lima Mayer. Um vinho destinado a ser consensual. Para agradar a um vasto leque de consumidores. Destinado a dar prazer, para ser bebido despreocupadamente numa refeição. Um tinto moderno onde a marca da terra em que nasceu (Alentejo) está (bem) presente.
Em pormenor, diria-vos que temos um tinto marcadamente frutado, quente, onde as sugestões de compota marcam presença de forma assertiva e definem de uma forma geral o perfil do vinho.
Cheiros a caruma, eucalipto, juntamente com uma curiosa ponta química proporcionavam maior riqueza aromática e davam mais pica ao vinho. Alguma evolução para chocolate e tabaco.
Na boca, pressentiam-se as bagas, as ginjas. O vegetal, aqui mais vincado, refrescava. O binómio taninos/acidez ofereciam uma agradável inquietude. Em súmula, um vinho directo, redondo, bem feito (quem sou eu para dizer isto) e agradável. Na mesa será bebido sem qualquer problema (atenção à temperatura. A doçura pode estragar tudo). Nota Pessoal: 14,5

Post Scriptum:
Quinta de São Sebastião (Monforte) é o local onde é produzido este vinho, baptizado com este curioso nome.

Comentários

Anónimo disse…
Quando comprei o Casa Aranda, tive este na mão, mesmo pronto para o trazer. Hesitei, e acabei por não trazer. É pena, se adivinha-se que ias fazer um post sobre este vinho, tinha-o trazido. Fica para a próxima!