Terras de Tavares. Um Touriga Nacional que mostrou um conjunto de aromas cheio de flores (certamente foi influência do rótulo). Estas flores surgiam espalhadas em terreno escuro, revolvido e húmido. Um chão, onde debaixo das copas das árvores, apareciam nichos de cogumelos (este ano não comi míscaros). Passavam pelo nariz inúmeras sensações a mato denso, com fetos por todo lado. Muito pinheiro, alguns cedros. Muita giesta em volta. A fruta, para não fugir à regra, possuía matriz silvestre. Sempre com perfume. O chocolate, que começa a ser um habitué nos vinhos, é negro e amargo. Julguei sentir, também, um pouco de caramelo misturado com a baunilha. Mas acredito que seja exagero (da minha parte).
Na boca mostrou um belo equilíbrio, com sensações a hortelã muito refrescantes.
Apesar de intenso, de exuberante, não é espampanante. Não farta o nariz, nem a boca. Teve amabilidade de não enjoar. Pareceu-me, com toda a subjectividade que existe, um vinho com boa capacidade para evoluir.
Agora, fico à espera do preço que irão pedir por ele. Espero que seja comedido. Nota Pessoal: 16
Post Scriptum: E a febre da Touriga lá continua. Sinto, por vezes, algum fastio.
Comentários
Sintomas: Aparecimento nas mais variadas formas e sintomas, espalha-se com facilidade pela geografia nacional.
- Dependência
- Curiosidade
- Tremores
- Calafrios
- Enjoo em alguns casos
Tratamento: Ainda não foi encontrada cura para tal, mas as autoridade aconselham um afastamento das estirpes mais comuns que são as que causam mais desgostos na famílias dos provadores.
Doutor Consumo Moderado