Revista de Vinhos: Cópia ou Original?

Fórum (e site) da Revista de Vinhos uma aposta ganha? A ver vamos! A Revista de Vinhos, após muito tempo na bancada (como os velhos dos Marretas), dormitando durante largos períodos, percebeu a força que a rede possui nos dias que correm. Pareceu-me um acordar tardio. Ao fim de uns valentes anos com sites, fóruns, blogs, e mais o resto, mantidos por diversos amadores, chegaram eles, os profissionais, para ensinar como se faz, como se navega na rede e repreender quando necessário.
A Revista de Vinhos, apresenta-se, agora, disposta e cheia de vontade para colocar a pontuação no local correcto. Estaremos atentos para aprender, ler com atenção os ensinamentos que vão saindo, agora, em versão digital. Os outros (que somos nós) continuaremos, naturalmente, de portas abertas para quem quiser. Sempre prontos para levar pancada.

Para quem não tem dinheiro, irá, naturalmente, socorrer-se das cópias. Será que perdemos a oportunidade de registar a patente da coisa? Estou confuso!

"Para quem alimentou a esperança que a explosão da blogosfera representava também aqui uma lufada de ar fresco, já não digo na critica mas no comentário sobre assuntos de vinhos e comidas e permitia a entrada com direito de opinião de muita gente que se julgava sem voz – o consumidor, pois claro! - está oficialmente desenganado. Pois aos bloguistas, embriagados pela atenção que a novidade despertou, insuflou-se-lhes de ar o arfante peito e … zás: transformaram-se em críticos também! Estão lá os tiques todos: o discurso pomposo e oco, a linguagem cifrada a fingir de especializada, as descrições de prova enfadonhas e penosas e até as notas, numéricas, quase sempre de 0 a 20, aparecem a pontuar os vinhos mais badalados da praça. Para a imitação ser (quase) perfeita, chega-se ao ponto de sugerir aos produtores que enviem amostras para a caixa postal sob pena de verem os seus vinhos ignorados. E para acentuar o autismo, os poucos blogs colectivos onde se poderia trocar meia dúzia de experiências, cedo cederam lugar a espaços individuais onde cada um fala sozinho com a convicção inabalável que discursa para o mundo! Mas fica a questão ainda sem resposta: se continuamos a poder consultar os originais porque razão haveremos de preocupar-nos com as cópias e imitações?
" Opinião de João Geirinhas no novíssimo site da Revista de Vinhos.

Rematando, será aconselhável a todos, que andam por aqui e por além, que verifiquem os produtos que compram (as etiquetas geralmente trazem informações importantes). Poderão estar a comprar gato por lebre. Mesmo que saiba bem o gato, ele não é lebre. Lebre é produto genuíno e mais caro.

Comentários

Anónimo disse…
Aliás, parece-me que a prepotência e arrogância são marcas do pessoal dessa revista que concordo contigo, são extremamente lerdos apara enxergarem as mudanças à sua volta e se adaptarem aos novos tempos. Mandei-lhes diversos e-mails em uma determinda época, que vi que leram, mas jamais me deram sequer uma palavra de feedback.
Esse tal de Geirinhas perdeu uma excelente oportunidade de ficar calado, quanta soberba!! Ao contrário dele, ainda bem, não nos achamos donos da verdade nem detentores do monopólio do saber.
Abraço
Ezequiel Coelho disse…
Estão apenas "apavorados" com a ideia de perder (já perderam) a hegemonia.
Tem alguma graça eles assumires os tiques: "discurso pomposo e oco, a linguagem cifrada a fingir de especializada, as descrições de prova enfadonhas e penosas e até as notas, numéricas, quase sempre de 0 a 20". Só que acham que os tiques deles são mais genuínos que os tiques dos outros!
Patético!

Este mal é transversal a muitas áreas do conhecimento.
Luis Prata disse…
hahahah :) desculpem a gargalhada mas este texto da RV só me dá vontade de rir :)
Anónimo disse…
Rir? Rir? São muitas as gargalhadas que tenho dado.
JSP disse…
Hi :)

Tem andado a beber coisas boas!



Pegando ali no comentário do Pratas, eu arriscar-me-ia a ir mais longe: toda a RV me dá vontade de rir.

Para a iniciativa minúscula [querem comparar-se, sequer, à crítica de viagens e decoração de interiores que cá existe no burgo, tanto em abrangência como em poder?] e pseudo-amadorística [onde foi a maioria dos alegados especialistas da RV buscar a especialização, a começar no próprio sr. Geirinhas?!] que representam, cagança não lhes falta.

Quanto ao sr. Geirinhas, não creio que toda aquela soberba seja sentida. Falta-lhe paixão. Afinal, o senhor tanto podia estar a escrever sobre vinho como sobre relógios, resorts nas Caraíbas [quem lhe dera!] ou criação de gatos. E não sendo... a pedra mais brilhante do expositor, não conseguindo ir lá por outros meios... faz o que pode.

Em jeito de adenda, e muito engraçada:

http://copod3.blogspot.com/2006/03/um-copo-de-3-com-joo-geirinhas.html

e que cada um tire as suas próprias conclusões.
Anónimo disse…
ORA PORRA! é o que apetece dizer.
Não há UM! um que seja naquela revistinha que tenha metade da qualidade de escrita que tem por exemplo aqui o pingus!
Tenham mas é juizo!

ORA PORRA!
Luis Prata disse…
Tomara eles, o Pingus é um poeta de Baco!
Anónimo disse…
Esta peça da autoria de J.Geirinhas é no minímo patética, de opinião sectarista, simplista, enfim cheia de infelicidade.
Por mais que tenha tentado explicar-se posteriormente, está ali clara a génese do pensamento e da atitude, que o pauta faz muito tempo.
Só mesmo quem não quer é que não vê.
Eu chamaria isto POBREZA DE ESPIRITO!
Unknown disse…
Esse sr. Geirinhas quer é protagonismo, criar conflitos..., mas por traz da máscara apenas há INVEJA!

Continua Pingus!