Revista de Vinhos II: Cópia ou Original?

Ela mudou o suficiente ou conserva-se inalterável, fazendo aqui e além apenas uns meros retoques de beleza?
Conseguem perceber ou descortinar nas palavras dela se houve alterações de procedimento, na maneira de estar?
Acham que as cores dela são menos cinzentas?
Fazendo uma comparação grosseira, estará ela a viver, agora, a sua Primavera Marcelista, dando mais uns suspiros, ditando num acto de desespero as derradeiras leis, com o intuito de salvar a ordem estabelecida?
Não terá, antes, andado perdida, pelo meio do amarelo, com o vento a bater nas ventas, impossibilitada de olhar para frente de frente. Estaria confusa com as imagens que iam surgindo, em redor? Impossível! Ela acredita piamente na certeza do seu desmedido conhecimento, no enorme domínio do assunto.
Ultrapassado o temporal, provavelmente terá visto à sua frente, sempre à sua frente, que outros já lá estavam, baloiçando na rede. Assolada por um eno-imperialismo fora de moda, e em vez de perguntar, tentou desviar para o lado com a sua anca larga tudo e todos. Aproveitou e sacudiu o pó que trazia, num acto de enorme sobrançaria. O espaço é dela. Há muito que o queria. Tinha sido a primeira a pensar na rede. Os outros, que andavam chateados com tanto marasmo, ficaram admirados.

Comentários

JSP disse…
Oh, que tristeza.

Não é que a cartada publicitária da RV funcionou? Bastou-lhes aplicar da forma mais directa possível três postulados, daqueles muito básicos, que todo e qualquer aluno do 2º ano de Jornalismo já está farto de saber:

- não existe má publicidade;

- um sistema é tão forte quanto o seu elo mais fraco - ou menos;

- as pessoas, todas, admitam-no ou não, adoram o protagonismo e fazem de tudo para evitar confrontos.

E nem foi preciso muito para encher de veneno um eco que noutro contexto dificlmente passaria da irrelevância: no fundo, um tipo pouco esperto, mas carregado de autoridade -e nem importa onde a foi buscar-, a armar-se em imbecil.

Tudo lhes correu às mil maravilhas. A popularização dos seus serviços online, fórum incluído, foi conseguida em tempo record; o resto são tretas.

Já o público-alvo, abismado com a força do poder estabelecido, tão razoável, no fundo tão desejado, tão bom, TODOS, mesmo aqueles que no princípio disseram pim e pum à agora já não mais que alegada -e a esvair-se!- «provocação»...

... que afinal nem o era...

todos se limitam a seguir a corrente, empurrados por uma força maior. E todos contentes.

Enfim. A história menos original do mundo repetiu-se mais uma vez. Ah, a náusea.

Para cúmulo, no fim, como sempre, vêm os piores de todos, os «ponderados», os que «sabem o que dizem», os que podem, vivem, mandam, têm amigos, Maseratis e uma p* grande, os «verdadeiros cavalheiros» já nossos conhecidos de outras paragens, de outros fóruns por exemplo... espalhar charme e bom senso, que reagiram primeiro os exaltados, os que não viram bem a questão, aqueles que possuem interesses obscuros e egos desajustados e, enfim, os patetas.

Perante tal cenário, perdoe-me Pingus a alarvidade, que é no seu espaço que a solto, mas, por Deus,

MERETRIZ QUE DEU À LUZ!...

todos esses... elementos de pedigree duvidoso,

cegos, tolos e descaracterizados, mas ariscos que nem ratos.

Que desilusão. Para mim, chega.

Enfim, não só me disperso como constato estar a tomar uma atitude pouco respeitável - e a respeitabilidade é tudo: não há nada como reconhecerem-nos seriedadeeee... o graaaande peso da nossa pessoa e das nossas ideias. Buh.

Espero que um dia um chico esperto qualquer menos seco (leia-se sério) que o sr. LeVine crie um cruzamento de Cellartracker com MTV. Aí sim, poderemos todos ser felizes! :P

E agora, tendo desempenhado q.b. o papel do louco (ok, do parvo, do pateta) que vem a público dizer as porcarias que não se dizem, vou deixar todos em paz, afundar-me nas profundezas negras do lamaçal da iniquidade,

do meu lamaçal... onde tudo é rosa choque e cheira a Allure, onde se ouve Lemon Jelly e o sr. Obama não entra (LOL), onde o tempo não interessa verdadeiramente, todo o vinho é tinto ou fortificado, as pin-ups menores de 18 se cortam com lâminas vintage, toda a gente toma Tramal «Retard» para arrefecer, ninguém vomita

e

não cabe mais ninguém...

eh eh eh.
Anónimo disse…
Depois do que foi dito sobre os blogs, fica-te bem deixares o link da Revista de Vinhos, um site com menos Rank do Google que o teu, onde quem perde só és tu...
Anónimo disse…
Brilhante esta segunda parte, cheia de comparações e imagens certeiras.
Pingus no seu melhor...
Será que isto é ser chato, ser cópia, ser imitação de alguma coisa, estar "vendido" a algo que não seja as suas ideias e convicções próprias.
TOCA MAS É A MALHAR NESTAS ANCAS LARGAS, elas até gostam e se põem a jeito.
Estás cada vez melhor meu caro. Dá-lhes com alma!!