Pintas Douro 2002

Regresso ao Universo Pintas, de 2002, o ano que dizem que foi maldito. Alguns vinhos, nascidos neste período, têm surgido com comportamentos interessantes para uns, engraçados para outros. 
Este revelou-se cheio de frescura, com emoções e sensações frescas, minerais e húmidas. Com a pedra a marcar presença de forma impositiva. Pensemos, para enquadrar ainda melhor o cenário proposto, naquele chão negro, levemente molhado, tapado por folhas, paus, ervas. Escorreito.

Coberto de cheiros silvestres, com o lombo carregado de flores, pequenas, grandes. Rosas e violetas.
Autêntica exaltação organoléptica ou, eventualmente, delírio pessoal. Que interessa? Bom, num acto de puro egoismo enófilo, dira que apenas conta o meu prazer.
Alargou-se com impressões especiadas, dando ao ambiente uma tez levemente exótica. Só lhe ficou bem. O chocolate e tabaco, esses artefactos com presença assídua nos dias de hoje, comportaram-se de forma sensata.
Paladar amplo, largo, seco. Mastigável, duradouro. Vigorante e viçoso, elegante e distinto. E que mais? Mais nada, que não interessa. Nota Pessoal: 17,5

Comentários

Raul Carvalho disse…
Mas que descrição...

Abraço Pingas
Antonio Madeira disse…
Estou cheio de inveja!!!
O Pintas so provei em eventos, mais do que aromas (nao é o meu forte identificar aromas) lembro de uma finura, elegancia e comprimento raras.
Pingas no Copo disse…
António, tudo é um jogo de sugestões. Nada mais, nada menos.

Mas é engraçado, sempre que provo o Pintas em prova cega (não sou daqueles que pretende adivinhar os nomes) acabo sempre por elegê-lo como o 1º.
Pedro Guimaraes disse…
Caro Pingus,

concordo contigo...o Pintas 2002 e um vinhaco!!!! Acho que vai durar bastante e tornar-se muito complexo...que achas?

Ate 2005 foi vinho que comprei sempre, mas o 2005 desapontou-me....quente, pesado..sei la!!!

Abraco,

Pedro Guimaraes
Pingas no Copo disse…
Pedro, o vinho da botelha aberta deu muito boas indicações. Apostaria numa boa evolução.