Vou ser provocador, irei ser, com alguma certeza, achicalhador: Larguem, por momento, as novidades, a loucura, o desvairo e a sofreguidão pela moda, pela notícia. A procura incessante, em alguns casos, é inimiga da ponderação e tolda, quase sempre, a mente. Parem um pouco e tentem regressar ao passado. Se não tiverem paciência, esqueçam a missiva e sigam para outros lados.
O branco é sério. O vinho é altivo, quase arrogante, por vezes bastante duro. Pouco imediato. Pede atenção e não se compadece com abordagens infecundas. Vai-se percebendo e mesmo assim deixa dúvidas. A fruta, para os interessados, é verde e ácida. O vegetal é impositivo. A secura é grande. A mineralidade, esse dito que é usado leviamente, marca o vinho, torna-o mais terreno, mais genuíno. Por meio e entremeio, e sem grandes concessões, saiem umas pinceladas de tosta. É, literalmente, um achado.
Volto, mais uma vez, a repisar: Enófilos de outras eras, de outras vidas, juntai-vos, agora, em redor deste vinho branco. Ele merece.
Post Scriptum: Faz-me espécie, no entanto, é a rolha. Borracha? Plástico?
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