O Frei João, as Medalhas e o Pingamor

O Pingamor diz o seguinte aqui: "Quanto vale uma medalha? São muitos os vinhos que ostentam medalhas nas garrafas. Algumas delas parecem mesmo marechais mexicanos de tanto rótulo que lhes colam." É verdade, sim senhor. Acrescentaria, ainda o seguinte: Onde está o rótulo? Mais adiante, o mesmo Pingamor questiona a razão, porque o fez,  que levará, ainda, alguém comprar um vinho por causa de uma reles condecoração, vulgo medalha? Eu respondo. Eu! E ele, o Pingamor, apesar de negar, também compra. Todos os pindéricos consumidores de casta mais elevada.



Este vinho, das Caves de São João, apresenta uma medalha que diz o seguinte: Medalha de Ouro - Concurso: Os melhores vinhos da Bairrada. Diz, ainda, mais qualquer coisa: Confraria dos Enófilos da Bairrada. Uma, portanto, das razões que levou à sua compra. Mas não só. As outras foram: o preço estupidamente baixo (menos de três euros) e a percentagem avassaladora de chardonnay (cinquenta por cento do lote). Logo, medalha, preço e lote influenciaram a minha escolha.


E conclusões? Sobre a medalha, que é de ouro, nada a dizer. É por que a mereceu. O preço é um grande chamariz. O lote que é, no mínimo, curioso - Chardonnay (metade do lote), Bical e Maria Gomes (com quinze por cento) - tornam este branco muito citrino, bem ácido, muito seco e saudavelmente descomplexado.

Comentários

sinnercitizen disse…
concordo inteiramente... um dos muito bons brancos, que se faz na Bairrada e tal como o Pingus, fui levado pelo preço e pelo Chardonnay. é uma escolha regular cá de casa...
Pingas no Copo disse…
Devo dizer que também gostei. Mas, como deve ter reparado o meu enfoque é outro ;)
Transparente disse…
Caro Pingus,

Concordo em quase tudo. Eu consumo vinho medalhados que julgo não arriscar. Ou porque são baratos, ou porque são de um produtor ou região que quase me leva a comprar às cegas. Agora, se um vinho medalhado a ouro de uma região que me diz pouco ou saber de antemão que tipo de vinho me espera, não o compro. Nem tu:)