Quinta dos Carvalhais Reserva Especial

Digam o que disserem e o que apetecer, mas o carácter de um vinho é também avaliado pela falta de consenso que provoca, pelos amores e desamores que origina. É relevador, creio, de personalidade vincada. Gosta-se ou não se gosta. Não existe meio termo, não existem nins. É isto que aprecio e que ainda vai dando gozo aos muitos copos que vou bebendo. Umas vezes aprecio, outras vezes nem por isso.


De lado ficam os vinhos que sabem bem em todos os cantos, que todos gostam, que são bons no frio, no calor, no sul ou no Norte. Já não há muita paciência para estes últimos. Ou melhor não há muito a dizer sobre eles. São assim. Na verdade, não tenho labaça para andar com o copo na mão, tempo indefinido, em busca de uma coisa qualquer que não se sabe muito bem. Mas pronto, finge-se que se quer ser conhecedor.


Gostei deste vinho! Pouco importou se tinha um estilo especifico, se falhava aqui ou ali ou se precisava desta ou daquela comida para que tivesse mais sentido. Gostei e gostei muito. Gostei por causa de tantas coisas e ao mesmo tempo por causa de nada. Simplesmente não é, não foi, um vinho que provoque indiferença. Pelo contrário e ainda bem.

Comentários

francisco cunha disse…
Olá Rui,
Este branco deixou-me em êxtase! Um dos melhores vinhos portugueses e de classe mundial.
Um abraço,
Francisco
Pingas no Copo disse…
Olá Franciso. Efectivamente também foi um vinho branco que me marcou. É impossível ficar indiferente.
Um grande abraço
Anónimo disse…
Engarrafado em 2013 ou 2015?
Pingas no Copo disse…
Primeiro engarrafamento.