Como sabem, julgo eu, pretendo ou desejo, por entre os vinhos que vou bebendo, a singeleza, a empatia, a concordância entre mim e a bebida que vai surgindo defronte. Tenho apreço por estes vinhos, deste género, que foram idealizados, à priori, para simplesmente serem bebidos, relaxadamente e de forma desinibida. Torna-se, cada vez, mais custoso, mais árduo, conseguir que esta conjugação de factores, tão puros e de tão fácil interpretação, aconteça mais amiúde. Tal desiderato é, em muitos casos, considerado excêntrico e, na maior parte das vezes, despropositado. Quem pensa assim, é julgado com menoridade e desprimor.
Há que, por isso e por causa disso, registar um desses momentos, em que a ligeireza de conteúdo, a pureza quase descabida surge no horizonte de um homem. Vinho e comida, sem rococós, estão despidos de adornos exacerbados. A etnicidade, a identidade de um povo, é levada ao expoente máximo.
O vinho, de uma pequena casa que segue a escolástica mais clássica, infelizmente quase extinta, do Dão, relembrou-me que ainda existe povo nesta terra que trabalha segundo critérios aparentemente distantes das práticas mais modernistas. Depois, facto engraçado, é desejado e expedido para terras do Norte da Europa, onde segundo consta são cobiçadas coisas leves, frescas e sem excessos de maturações. Curioso, não?
Post Scriptum: Continuem a participar no Exercício. O vinho foi oferecido pelo Produtor.
O vinho, de uma pequena casa que segue a escolástica mais clássica, infelizmente quase extinta, do Dão, relembrou-me que ainda existe povo nesta terra que trabalha segundo critérios aparentemente distantes das práticas mais modernistas. Depois, facto engraçado, é desejado e expedido para terras do Norte da Europa, onde segundo consta são cobiçadas coisas leves, frescas e sem excessos de maturações. Curioso, não?
Post Scriptum: Continuem a participar no Exercício. O vinho foi oferecido pelo Produtor.
Comentários
Está lá tudo! Depois o enfoque era outro, não a nota de prova, era ausência de simplicidade que muitas vezes não existe.
Parece que vais andar, agora, sem saber o que eu penso...
Como teu amigo, nao sejas tão "poético", sê directo.
Digo-te isto, porque sou teu amigo...
Faz uma revisão nos teus post´s anteriores e verás que tenho razão...
Abraço Miguel
Raul Carvalho
Provavelmente não entendeste, não serás o único, nada do que tenho andado a dizer nos últimos dias! A culpa será minha porventura!
Poesia nunca fez mal a ninguém! Será que temos mesmo de continuar com esta coisa de simplificar, simplificar, baixar a fasquia! No ensino tem-se feito isso a troco de números e o resultado não tarda a chegar ao mercado!
Com tanto blog que fala e refala de vinho! Com tanta prova repetida, não pode haver um que procure uma maior erudição? Acho que pode! Acho que deve!
Reparem. Há muito que o Pingus definiu que o interesse primeiro é ter prazer no que faz! Se a poesia lhe dá prazer, eu aplaudo… de pé!
Já agora deixo dois pontos para reflectir!
1) Dos blogs que provam vinho, este é o único onde todo e qualquer post tem comentários, mesmo os que são simples apreciações de vinho! Isso a mim dá-me que pensar, já que, dizem os livros, o que conta na social média é a interactividade, não o numero de visitas (pois não sabemos se caíram lá por acaso ou se foram direito)!
2) Na estatística do meu blog, quando consulto a origem do tráfego, só me aparece um blog. E é este!
Estes 2 pontos dão-me muita informação sobre o papel do Pingas no Copo no panorama nacional!