
Os cheiros que irromperam, pelo nariz a dentro, indiciaram, na estreia, uma desmedida preponderância para aromas florais bem maduros (li este descritivo em qualquer sítio e gostei). Juntaram-se umas quantas nesgas de sensações terrosas, uns flashs a mato e a esteva. Um rasgo a carvão ainda passou pela frente.
As impressões, as várias comoções pareciam querer vaguear por entre muitos lados, por vários sítios. Havia sempre um motivo para pensar em qualquer coisa.
A fruta apresentou-se no ponto para ser colhida. Estava espessa e suculenta. Mirtilos, amoras e cerejas negras (ou ginjas). Ameixas e marmelos.
A fruta apresentou-se no ponto para ser colhida. Estava espessa e suculenta. Mirtilos, amoras e cerejas negras (ou ginjas). Ameixas e marmelos.

Coloquei o copo de lado durante algum tempo e alteram-se as imagens. Passaram a ser mais quentes, mais especiadas. Vi-me, a dada altura, rodeado pelo caramelo, deslumbrando canela a rodos. Juntou-se uma mistura feita com chocolate espesso, bem amargo, ideal para derreter e untar um bolo. Os figos secos e as amêndoas pareciam querer guarnecê-lo.
Na boca revelou-se gordo, longo e generoso, com a doçura bem equilibrada por uma acidez estrondosa e (muito) saborosa (é possível?).
Um Porto Vintage fresco, ainda moço, bem composto e nada simples de analisar. Existe, portanto, enorme probabilidade para não ser verdade o que estive a dizer. Também não interessa.
Tornei-me num adepto confesso de Vintages Novos. Sei lá se tenho tempo disponível para bebê-los na altura certa. Está fora de questão comprá-los com a idade certa. Nota Pessoal: 18
Um Porto Vintage fresco, ainda moço, bem composto e nada simples de analisar. Existe, portanto, enorme probabilidade para não ser verdade o que estive a dizer. Também não interessa.
Tornei-me num adepto confesso de Vintages Novos. Sei lá se tenho tempo disponível para bebê-los na altura certa. Está fora de questão comprá-los com a idade certa. Nota Pessoal: 18
Post Scriptum: Vinho enviado pelo Produtor.
Comentários
Viva o Vinho...
Abraços
Em vez de crónicas etílicas, diria, antes, crónicas de um louco que se arma em qualquer coisa.
Falando nos LBV, infelizmente não provei o 2004. Mas olhando para a casa que o produz, acredito que seja uma bela pinga.
Um abraço
Abraço
também já provei e de facto está a um grande nível. 2007 será sem dúvida o meu primeiro ano de loucura nos Vintage já que nos 2003estava só a começar...
Vou tentar aparecer mais vezes por aqui.
Boas provas!
Chapim
Um forte abraço
acho que vai ser o primeiro ano de Vintage que tentarei ficar com alguns exemplares para guardar. O problema são os preços que neste momento estão puxadotes. Eu acho que vão estar mais baixos daqui a algum tempo vamos ver.
O último clássico 2003 não tinha forma $ nem conhecimento para me interessar por eles e agora upa upa.
Rui,
vou tentar passar mais vezes.
Um abraço aos 2
Chapim
Tenho pouquissima experiencia em Vintages, mas elegi o Niepoort 07 como o meu preferido a quando da Prova de Vintages em Novembro na Essencia do Vinho (Palacio da Bolsa. Parece-me que com o seu estilo menos doce que os demais vintages de referencia, se consegue evidenciar perante eles (sao gostos,e gostei do estilo).
Outro que achei bastante interessante e chegou recentemente ao mercado e o Niepoort Pisca vintage 07. Seria interessante provar lado a lado. (foi gracas a este que me lembrei de comentar o Niepoort 07 ;) )
Cumprimentos
A.J. Neves