Tazem, o enchido, o queijo e a despedida

As malas estão feitas e amanhã, ou hoje dependendo da hora em que lerem ou publicarei a epistola, zarparei infelizmente para o sul. Fim.

O Pedro Nuno continua, discretamente, a surpreender-me com os seus vinhos.
Em jeito de comemoração, em vésperas da abalada e porque o tempo já era(é) escasso, arranjou-se meia dúzia de rodelas de enchido, umas quantas fatias, sem jeito, de queijo. Sem qualquer regra ou preceito, e sempre em cima de pão, tais condutos foram desaparecendo num ápice.

Farinheira frita na medida certa, feita com pão, não com farinha, e levemente picante.
Morcela tostada. Por cada pedaço que entra na goela, aumenta a penintência. 
Queijo da queijeira. Este foi, ainda, feito fora das fábricas. A ASAE não pode saber desta ilegalidade.
O vinho, de Tazem, um tinto Reserva de 2008, foi limpando a boca, cortando o unto, preparando o corpo para mais uma rodada, mais uma dose. Vinho espesso, com acidez, com peso, com fruta, com tanta coisa agradável e saborosa.

Gosto do rótulo. Aliás, os rótulos dos vinhos da Coop. de Tazem estão limpos, sem extras despropositados.
Depois, e depois, é coerente, joga certo, não destoa com comida de sustento. É produto da terra, desta terra e não de outra.
E, entretanto, as chaves estão preparadas para fechar a porta. Até um dia!

Comentários

José Carlos disse…
Muito giro e intimista o post.
Anónimo disse…
Gostei muito! Bruno M. Jorge.
Pingus Vinicus disse…
Obrigado a ambos.