O fim de semana é dado a abusos, ao descanso e ao encontro com os amigos. Nestes dias come-se e bebe-se. Relaxa-se. Às vezes de mais. Mas diabo, uma vida sem excessos não tem graça.
Peguei, mais uma vez numas garrafinhas, por sinal do mesmo produtor, e fui bebendo ao longo de Sábado e do Domingo. Como sempre partilho os meus rabiscos, os meus devaneios, a minha soberba. Aqui estão mais alguns apontamentos resultantes do meu encontro com a Ferreirinha. Opps, os termos escolhidos não foram os mais indicados. Mas adiante. Vinha Grande 2001.
Cor densa. Uma postura aromática quente e doce. Madeira, frutos maduros e doces. Ameixas e amoras maduras. Compotas e chocolate. Senti em certos momentos aquele aroma a bombons de ginja. E mais uma vez doçura. Acredito que terá muitos amigos. Eu é que não serei um deles.
Cor densa. Uma postura aromática quente e doce. Madeira, frutos maduros e doces. Ameixas e amoras maduras. Compotas e chocolate. Senti em certos momentos aquele aroma a bombons de ginja. E mais uma vez doçura. Acredito que terá muitos amigos. Eu é que não serei um deles.
Boca doce, pessoalmente incomodativa. Muito fruto, chocolate e compota em primeiro plano. Directo. Levemente alcoólico. Apesar de tudo, a acidez conseguia aliviar um pouco o bombom que andava sempre a boiar no copo.
Não o apreciei e por muito que tente não consigo gostar dele. Gostos e manias!
Um vinho que é vendido perto dos 10€. Dizem os especialistas que tem boas capacidades de envelhecimento. Houve em tempos uma prova vertical feita pela Revista dos Vinhos. Não tenho mais nenhuma garrafa e tão depressa não irei comprar!
Nota Pessoal: 14 Callabriga 2000. Este é do Douro! Acho eu...
Um vinho que desceu ao Alentejo. Ainda estou para perceber qual foi a ideia. Sinceramente, a Sogrape conseguiu afastar-me deste vinho. No entanto, não me quis despedir dele sem ver o que me dizia. Queria perguntar-lhe se a viagem tinha sido boa, se estava a gostar dos calores do Alentejo. Pouco me disse. Devia ter a lição bem ensinada.
Aromas densos, mais uma vez a fruta madura, as compotas e o chocolate. Um estilo parecido ao Vinha Grande. No entanto, com mais robustez.
Na boca era frutado e chocolatado. Taninos finos, envolvidos pelo corpo, arredondado mas a precisar de uma acidez mais viva, mais vincada. Final algo curto e um pouco doce.
Mais um vinho bem trabalhado, que agradará a muitos consumidores. Melhor que o Vinha Grande, mas mesmo assim, não fiquei com pena que este representante desaparecesse da minha garrafeira.
Até à próxima, quem sabe se não vai haver uma colheita do Dão, feita na Quinta dos Carvalhais. Depois do Grão Vasco, ter ido ao Alentejo e agora estar no Douro, nada me admira! Não percebo nada destas técnicas de vendas.
Nota Pessoal: 14,5
Quinta da Leda 2000.
É um dos meus amores. Não digam nada à minha mulher.
É um dos meus amores. Não digam nada à minha mulher.
Aroma muito rico, suave. Fruta fresca e flores juntas com sugestões de eucalipto. Impressão a esteva, restolho e mato. Alguma cera, verniz ou graxa. Chocolate preto com leite, amparado por suave tabaco. Tudo num tom de equilíbrio. Com elegância e distinção. Bem apresentado. Sem nada fora do sítio. Cativante e com complexidade.
Boca complexa, que entra com profundidade, enche devagar, sem excessos, sem forçar. Senti frutos pretos, o toque químico, a especiaria, o chocolate, bem como o tabaco. Fresco, sem nunca entrar em exageros. O final era fino e prolongado.
Um vinho bem conseguido, que começa a ser um exemplo de consistência, um porto de abrigo para quando não sabemos o que fazer.
Assumidamente gosto dos Quinta da Leda. Cada vez mais. Tenho em minha casa as colheitas de 1999, 2000, 2001 e 2003. Nunca falham e muito longe dos outros vinhos da casa Ferreirinha que eu bebi. Acompanhou dignamente um borreguinho assado nas brasas.
Nota Pessoal: 17
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