Muros Antigos Escolha 2005

Desta vez "fui até ao Norte", não para ver o incêndio de Barcelos (lá voltamos ao nosso martírio de Verão), mas para beber uma novidade do produtor Anselmo Mendes. Para ser sincero, nem sai de Lisboa. As viagens podem decorrer dentro do nosso mundo, na nossa cabeça, como tantas vezes faço. São rápidas, tem mais imaginação, são em certa medida mais livres.
Falo-vos de um Loureiro que vinha vestido com um rótulo muito interessante, diferente do que geralmente aparece nos outros Muros Antigos. Com uma graduação alcoólica de 12%.
Um impacto aromático muito floral. Muita flor doce. Pensei muito nas encostas cheias de flores, de árvores perfumadas. Talvez tília, talvez mimosa, talvez maia. Sugestões anizadas, envolvidas por um toque mineral que refrescava o conjunto, aumentando a sua complexidade. Fruta exótica.
Elegante na boca, com alguma sensualidade e provocação. Havia por ali um lado doce que marcava presença, sem nunca cometer exageros. Final correcto, com qualidade.
Um vinho que me pareceu diferente. Deu origem a algumas conversas com os comparsas que estavam ao meu redor, todos eles mais experientes que eu. O aspecto aromático foi aquele que mais dúvidas criou na malta. As apostas iam desde o encruzado, ao arinto até ao antão vaz. Surpresa foi quando o verde se revelou. Lindo, um vinho verde que nos enganou!
Nota Pessoal: 15,5

Comentários

joaorosé disse…
O Loureiro do Anselmo Mendes é, sem dúvida, uma das boas surpresas dos últimos tempos.
E, penso eu de que, outras surpresas virão.

saludos