Dois exemplos de vinhos que se apresentaram cheios de exageros. Para mim, pelos maus motivos. Outros não pensaram da mesma forma e dirão o contrário. Mas a vida é mesmo assim.
Querem ser agredidos? Gostam de sofrer? Peguem em mais um vinho cheio de pujança, de álcool, de aromas químicos e com as tradicionais notas de tinta da china. Breves sugestões vegetais e balsâmicas que lutavam para refrescar o líquido e dar alguma graça.
Performance igualzinha na boca. Com álcool a ditar as regras, com agressividade acima do suportável. Um final que durava muito. Pudera! No meio disto tudo, já me ia esquecendo do nome do vinho. Um Douro chamado Brites de Aguiar 2005, nascido em São João da Pesqueira e com uns valentes 15,5% de graduação alcoólica. Provado em prova cega. Uma nota positiva para o bonito rótulo que este vinho do Douro trazia.
Nota Pessoal: 12
Pouco irei dizer sobre mais um vinho algarvio. Pouco mesmo! Daqueles momentos que pretendo esquecer o mais depressa possível. Foral de Albufeira Reserva??? 2004, do produtor Morgado da Torre. Provado às cegas.
Do copo saltaram rapidamente notas que me fizeram imaginar, ainda deu para imaginar, que estava numa cavalariça, dada a pujança de aromas característicos destes locais onde os cavalinhos ficam a descansar todos os dias. Conseguem imaginar? Estrebaria, estábulo, suor.
Na boca? Nem sei!
Nota Pessoal: 9,5
Comentários
Digamos que os preços praticados isso sim tentam competir com os das outras zonas, mas quando se prova a realidade é outra.
Será que os produtores não têm esta noção ?
É que fazer um Zurrapa Colheita Seleccionada 200X e pedir 8 euros para um vinho desequilibrado e igual a tantos outros mais baratos de Hiper Mercado...