António Alfredo Lamas, um produtor do Douro, mais um. Nascido e criado em São João da Pesqueira. Mais uma novidade, entre tantas. Quase diariamente sou confrontado com novos produtores, novas marcas. Esta febre percorre o nosso país de Norte a Sul. A ver vamos até onde ela vai. Mas falemos de dois vinhos deste produtor, que provei recentemente em prova cega.
Saltivavam aromas agradáveis, aprazíveis e limpos. Com um interessante nível de complexidade. Mentol, balsâmicos e casca de árvore. Morangos, amoras e cerejas. Tudo temperado por uns ligeiros toques de musgo e fetos. Com uma boa amplitude aromática. Daqueles vinhos que nos agarra um pouco.
Na boca muitos morangos, muitas amoras. Refrescante. Bom prolongamento e fino no seu comportamento. Um tinto bonito, simpático, guloso e bem feito, que merece o meu aplauso.
Bajancas (tn) 2004
Saltivavam aromas agradáveis, aprazíveis e limpos. Com um interessante nível de complexidade. Mentol, balsâmicos e casca de árvore. Morangos, amoras e cerejas. Tudo temperado por uns ligeiros toques de musgo e fetos. Com uma boa amplitude aromática. Daqueles vinhos que nos agarra um pouco.
Na boca muitos morangos, muitas amoras. Refrescante. Bom prolongamento e fino no seu comportamento. Um tinto bonito, simpático, guloso e bem feito, que merece o meu aplauso.
Nota Pessoal: 15
Bajancas (br) 2005
Uma cor quase branquinha, clarinha.
Um vinho que eu chamaria de prudente, calmo. Postura discreta.
Pareceu-me encontrar notas petroladas na minha primeira abordagem. Depois despertou para umas discretas notas de fruta e envolvidas por suaves tiques vegetais e minerais.
Na boca, mantinha a linha petrolada e vegetal. Pareceu-me encontrar pouca fruta na boca (não é necessariamente negativo). Elegante.
Num estilo curioso. Fiquei com vontade de voltar a prová-lo melhor, com mais tempo e ponderação, pois pareceu-me um pouco diferente do habitual.
Nota Pessoal: 14
Post Scriptum: Uma feliz e interessante entrada no mercado. Mas aqui entre nós será que o mercado aguenta com tantas marcas? Pessoalmente gostaria.
Comentários
Efectivamente, com tanto produtor, tanta marca, e tanta casta, isto não fica fácil, e mais ainda o que nos sai da carteira.
E memorizalos? temos que criar um mega ficheiro...
Bem o amigo Darwin tinha razão, vamos ver quanto tempo demora :)
É frustante comprar vinho que tem como fim o cano da pia da cozinha!
Mas sem comprar e experimentar não os ficamos a conhecer. Portanto, não temos outro remédio senão correr o risco.
O que me vai valendo é o meu pai, que, bastante mais entendido nisto do que eu, lá me vai dando umas dicas!
O pior é se passados alguns anos, tudo isto não passou de uma febre rápida e forte.
No entanto não acha que no meio desta enorme febre estão a surgir no mercado inumeros vinhos que são parecidos entre si na forma e no conteúdo? Com poucas diferenças? Sejam eles do Norte, Centro ou Sul?
Muitos destes novos vinhos ñão são mais do q cópias de vinhos c um perfil mt Novo Mundo. Mas mm assim no meio de tantos que surgem de todas as regiões, encontram-se belas pérolas. É só preciso saber encontrá-las. E para isso este blog é uma ajuda preciosa.
Nós somos grandes consumidores do vinho de vocês até pela relação histórica, mas isso não explica o recente aumento do interesse do brasileiro.
Falo por mim que tomo Portugal para encontrar com a tradição, com as castas unicamente encontradas aí. Quero qualidade e personalidade. Quero o "ambiente" de além mar (e o bom preço).
Quando quero só beber sem compromisso, tenho os vizinhos aqui que fazem o típico novo mundo amaderado.
Agora, tomar um vinho de lote de vinhas velhas português... é outra história.
Valorizem a personalidade!
Um brinde
Leonardo
http://vivaovinho.blogspot.com