Dizem que para duas pessoas possam falar, é necessário que exista um Diálogo. De facto, é com o Diálogo que esclarecemos muitas dúvidas, ultrapassamos e resolvemos muitos problemas. É pelo Diálogo que ficamos a conhecer (melhor) determinadas pessoas. É dialogando que nos apaixonamos, que nos odiamos, que nos matamos (uns dizem que não).
Depois existem vários tipos de diálogos. Densos, confusos, eruditos, divertidos, vazios, ... Diálogos para todos os gostos. Dizem (os meus colegas de letras) que é necessário existir um emissor e um receptor para acontecer um diálogo. Acredito, que seja assim. Caso contrário seria um monólogo. Com os vinhos, não é muito diferente. Se forem casmurros, sisudos, fechados, intrasponíveis, dificilmente chegaremos a eles. Tornam-se vinhos incompreensíveis. Outros, pelo contrário. Dizem tudo, não têm rodeios, são acessíveis e vão directos ao assunto. No essencial, precisamos de todos. É o equilibrio.
Dirk Niepoort deve ter percebido isso (acho eu). Os vinhos que vai criando vão atingindo, cada vez, mais consumidores, mostrando vários estilos (possíveis). Se com o Batuta, o Charme e até com o Redoma os diálogos possuem densidade, complexidade, ponderação. Com o Vertente e agora com o Diálogo 2005, diz-nos que também possível falar com ele de forma mais ligeira, mais directa, mais acessível, sem nunca perder o tino, a consistência, a qualidade. Os assuntos, por aqui, andam em redor do chocolate, da fruta. Sempre com jovialidade e muita juventude. Um diálogo equilibrado, necessário para descontrair após um dia difícil, em que não queremos pensar muito, nem puxar pela cabeça. Nota Pessoal: 14
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