Perfil? O que é um Perfil? O Perfil pode ser o quê? Geralmente pensamos no perfil quando observamos um rosto de uma pessoa, visto de lado. Os egípcios representavam as figuras humanas, sempre de perfil. Outras vezes, usamos o termo perfil quando queremos caracterizar uma pessoa, falar do seu carácter, da sua maneira de agir. Os geólogos, os geografos usam o conceito de perfil quando se referem ao solo, estratificado em camadas. Nos vinhos também empregamos, bastas vezes, o termo perfil para designar um estilo. Pode ser elegante, fresco, madurão, chato, plano, robusto.
Pois bem, Perfil (Douro) também é o nome de mais um vinho criado pelo enólogo Luis Soares Duarte. Um vinho com características muito interessantes, um pouco contra moda, deslocadas do habitual (acho eu). Pareceu-me ter um perfil pouco consensual. Extremamente mineral, sugerindo fortes sugestões de pedra lascada, lousa, granito molhado. Para quem é lá de cima, tentem pensar nas ruas, nas quelhas de pedra, numa manhã húmida, fresca, fria. Sempre gostei destes aromas, meio indefinidos e muito pessoais. Sinto saudades quando abro a porta do quintal e vejo que não existe granito, nem xisto, nem lousa. Apenas cimento. É o código genético a falar. Fortes toques de mato, húmus, manta-morta, pinheiro e cedro. Sempre fresco, nunca subindo no termómetro. Quando isso acontece, fico desconfortável, cansado. Nunca gostei do calor (exagerado). A fruta estava salpicada pelo orvalho matinal (até os meus dedos estão refrescar, enquanto escrevo). Um vinho com um perfil extremamente curioso e muito interessante. Pareceu-me que ainda estava fechado, com muito para revelar. Valerá a pena guardá-lo mais um pouco (acho eu). Gostei. Nota Pessoal: 16
Pois bem, Perfil (Douro) também é o nome de mais um vinho criado pelo enólogo Luis Soares Duarte. Um vinho com características muito interessantes, um pouco contra moda, deslocadas do habitual (acho eu). Pareceu-me ter um perfil pouco consensual. Extremamente mineral, sugerindo fortes sugestões de pedra lascada, lousa, granito molhado. Para quem é lá de cima, tentem pensar nas ruas, nas quelhas de pedra, numa manhã húmida, fresca, fria. Sempre gostei destes aromas, meio indefinidos e muito pessoais. Sinto saudades quando abro a porta do quintal e vejo que não existe granito, nem xisto, nem lousa. Apenas cimento. É o código genético a falar. Fortes toques de mato, húmus, manta-morta, pinheiro e cedro. Sempre fresco, nunca subindo no termómetro. Quando isso acontece, fico desconfortável, cansado. Nunca gostei do calor (exagerado). A fruta estava salpicada pelo orvalho matinal (até os meus dedos estão refrescar, enquanto escrevo). Um vinho com um perfil extremamente curioso e muito interessante. Pareceu-me que ainda estava fechado, com muito para revelar. Valerá a pena guardá-lo mais um pouco (acho eu). Gostei. Nota Pessoal: 16
Comentários
Excelente post a relembrar-me os cheiros do Norte.
Boas provas!!!
É um vinho fora do comum mas que apresenta uma frescura admirável, tendo acompanhado de forma brilhante um prato de peixe assado.
Pareceu-me estar na presença de mais uma grande criação do Eng.º Luís Soares Duarte que já nos habitou a pérolas como o Momentos e o Gouvyas.
Pelo que me informei a produção foi relativamente limitada por isso não será fácil encontrá-lo no mercado.
No entanto, para os felizardos que o conseguirem encontrar, subscrevo a opinião do Pingus Vinicus: é um vinho quer ganhará certamente com o tempo.
E que venha o Perfil 2005...