E como tal aqui vai a minha participação na Prova à Quinta.
Escolhi um vinho elaborado com a casta cerceal. Um Quinta de Foz de Arouce (br) 2005. Faz algum tempo que ando interessado nos vinhos desta casa beirã e não é a primeira vez que abordo o branco do Conde de Arouce (no arranque deste blog publiquei uma nota de prova sobre o 2003). Este 2005 apresentou-se inicialmente com notas petroladas, lembrando combustível, que foram evoluindo posteriormente para mineral, sugerindo lasca, lousa (tentem imaginar a água a bater nas rochas). A caminhada aromática alongou-se pela erva verde orvalhada, casca de maçã, lima e ananás. O estágio em madeira foi aparecendo de forma suave, sem nunca incomodar a prova. Amêndoas e nozes, envolvidas por um fio de mel, apenas enriqueceram o conjunto (e bem) e nunca se puseram em bicos de pés.
Na boca sempre fresco, mineral, frutado, limonado. A madeira bem posicionada (mais uma vez). Um vinho com carácter, com personalidade e que recordou, diversas vezes, os tais brancos da Bairrada e do Dão que fizeram história. Uma opção muito interessante. Consegue conciliar tradição e modernidade. Aposto que é capaz de aguentar mais uns tempinhos, com saúde. Nota Pessoal: 16
Escolhi um vinho elaborado com a casta cerceal. Um Quinta de Foz de Arouce (br) 2005. Faz algum tempo que ando interessado nos vinhos desta casa beirã e não é a primeira vez que abordo o branco do Conde de Arouce (no arranque deste blog publiquei uma nota de prova sobre o 2003). Este 2005 apresentou-se inicialmente com notas petroladas, lembrando combustível, que foram evoluindo posteriormente para mineral, sugerindo lasca, lousa (tentem imaginar a água a bater nas rochas). A caminhada aromática alongou-se pela erva verde orvalhada, casca de maçã, lima e ananás. O estágio em madeira foi aparecendo de forma suave, sem nunca incomodar a prova. Amêndoas e nozes, envolvidas por um fio de mel, apenas enriqueceram o conjunto (e bem) e nunca se puseram em bicos de pés.
Na boca sempre fresco, mineral, frutado, limonado. A madeira bem posicionada (mais uma vez). Um vinho com carácter, com personalidade e que recordou, diversas vezes, os tais brancos da Bairrada e do Dão que fizeram história. Uma opção muito interessante. Consegue conciliar tradição e modernidade. Aposto que é capaz de aguentar mais uns tempinhos, com saúde. Nota Pessoal: 16
Avancem com as vossas propostas.
Comentários
Almeida Garrett Chardonnay 2005.
Este vinho porque:
1º, achei interessante porque está inserido nos melhores 220 vinhos, para este ano,na lista de Aníbal Coutinho, com um honroso 13º lugar na zona "Dão Beirão" , e a nota de 87 de 0 a 100.
2º Porque é um vinho da terra da minha Mãe, Covilhã - Cova da Beira.
Cor, amarelo clarinho.
Nariz, Cheiro a fruta um tanto ao quanto ácida, limão e ananás mas um perfume primaveril que vem do gargalo.
Na boca, do mesmo limão passa a nespras, e à medida que vai abrindo, da acidez passa a mel com resina, e torna-se mesmo floral. Sente-se bem o álcool no princio, e vai-se aos poucos dissipando à medida que se vai bebendo, afinal sempre são 14%. No fundo de boca surge então o tabaco o chocolate preto e amargo mas agradável, o que torna este vinho bem equilibrado.
Bom Vinho, muito agradável, e boa relação qualidade/preço 3.90€. Produzido pela SABE siciedade Agrigola da Beira.
Exprimentem que vale a pena. Aqui na zona El corte ingléz. Abráços.
Monarch Aurelius 2005 - Morávia/Républica Checa
A cor mostrou-se no copo em dourado muito carregado. O aroma os passos com fruta em passa, manto mineral e final a recordar pessegos. Complexo mas a faltar-lhe frescura. A boca veio confirmar o perfil algo pesado, doce, com um toque (salvador!!!!) alimonado no final. Achei-o tambem algo salgado (positivo). No final fez falta a acidez que se esperava.
Conclusao: O factor novidade e a complexidade de aromas que apresentou nao esconderam a pouca frescura de um vinho branco demasiado pesado, alheio a finura ou subtilezas...nao me parece que se encontre em Portugal e, os 9euros que paguei nao o tornam apetecível.
Abracos
Pedro Guimaraes
Apesar da minha pouca experiência, ainda mais nos brancos, não quero deixar de dar a minha opinião de consumidor acerca deste branco.
A minha opinião em breve.
1 Abraço
A minha escolha foi para um dos meus favoritos. Nariz a maracujá num conjunto tropical. Boca elegante, leve e suave, com notas alegres a groselha verde. Termina com um final citrino intenso. Desde há uns bons anos para cá que se impõe como a melhor escolha preço/qualidade nos brancos. Nada pesado na boca, é todo ele prazer. Um sauvignon de muito bom porte e de preço razoável para tanta qualidade. Para mim, melhor só noutras latitudes e mais caro. 17
A minha escola cai talvez na casta mais "barata". Será? Falo-vos do Loureiro que muitas vezes é trabalhado sózinho. Bem perto de minha casa, ali ao lado da Póvoa de Varzim, em Amares fica a Quinta de Amares.
Quinta de Amares 2006
11%VOL.
Cor muito ligeira, amarela com laivos esverdeados.
Nariz alegre, vivo, fresco, cheio de notas citrinas, limão, banana, maçã reineta e algum aroma típico a louro. O lado vegetal aparece aqui ligeiro bem casado com um aroma mais adocicado, lembrando rebuçado.
Na boca, pleno de juventude, acidez moderada para este tipo de casta, deixando o vinho ter algum corpo "à vista", com toques de fruto citrino, tropical. Algum açucar residual torna-o guloso e muito muito fácil de beber. Com 11%Vol, pode chegar a ser perigoso, pois a garrafa vai num instante. Pico muito muito ligeiro, num final ligeiramente doce mas sobretudo equilibrado.
Ao preço de 1,99 euros é uma excelente RQP. Um bom Loureiro, a um passo dos melhores que temos.
Nota 15
Um grande abraço para todos do Vinho da Casa. Amanha coloco no meu blog também.
acabo de publicar mi comentario en el blog sobre un monovarietal de variedad autóctona muy habitual en Catalunya: la xarel.lo!
Un abrazo y muchas gracias por dejarme participar en mi primera Prova à Quinta!
Joan
http://devinis.blogspot.com/2007/05/colet-15-xarello-origen-prova-quinta.html
Quinta do Ameal Escolha 2005
Castas: 100% Loureiro - Estágio: 6 meses carvalho francês novo - 12% Vol.
Tonalidade amarelo citrino de leve concentração.
Nariz a revelar desde início uma grande ligação entre fruta e madeira, as notas de fruta (tangerina, limão, pêra, líchias) ligam-se com notas de baunilha, ligeiro amanteigado. A erva fresca junta-se a notas florais e ligeiro toque de fumado, que vem dar a este Loureiro uma outra dimensão.
Boca com entrada fina e muito bem balanceada com a madeira, mais uma vez tudo em grande forma, redondo, certa untuosidade. Acidez presente e de bom nível a dar grande frescura ao conjunto, fruta com algum melado presente.Tudo muito bem enquadrado, final com toque mineral de boa persistência.
Temos um Loureiro estagiado em madeira, o que vem dar uma complexidade muito interessante ao vinho, mais gordo e a encher mais a boca. Pela elegância, pela diferença, pela qualidade...
16,5
A prova dos vinhos da Quinta do Ameal em : http://copod3.blogspot.com/2007/05/prova-vinhos-quinta-do-ameal_6846.html
Descrição perfeita, precisa e poética.
Um grande abraço
Eduardo
Lavradores da Feitoria Três Bagos Sauvignon Blanc 2005
Que complexidade de aromas! Frutas tropicais, subtropicais, verdes, notas vegetais, todo bem assente sobre uma frescura e acidez de assinalar. De cor pálida (amarelo) surge logo de inicio o vegetal, notas verdes bem vincadas, relva cortada, depois abriu a porta da fruteira, e começou a sair o melão a nectarina, a ameixa branca, o ananás surgiu depois, com o maracujá a se notar suavemente. Na boca a acidez dá frescura ao vinho e eleva-se para o patamar onde a fruta consegue combater o lado vegetal do vinho e ganha aos pontos!!!! Boa persistência final com a fruta a ficar bem lá no palato! 17
PS - para próxima já sei, vou provar outro vinho só para estas contrariedades ;)
Depois de equacionar várias hipóteses, resolvi apresentar uma prova não de um, mas de dois vinhos brancos, neste caso dois verdes, um Alvarinho e um Loureiro, para percebermos que nem sempre os nomes, só por si, valem o que está dentro da garrafa.
Comecemos pelo Alavarinho, um Encostas de Paderne. Tratando-se de um Alvarinho, esperava-se muito melhor. Dum Alvarinho espera-se sempre. Mas a verdade é que este desiludiu. Falta-lhe a elegância e a frescura tão típicas da casta. Pareceu algo rústico, muito longe da generalidade dos Alvarinhos que há por aí. Se tivesse outro rótulo qualquer pensar-se-ia que se tratava de um qualquer verde vulgar.
Terá sido azar com a garrafa? Ficamos sem saber a resposta, mas esta prova não convenceu.
Por sua vez, o Loureiro é um Ponte de Lima (já vi que houve outras provas de Loureiro). É um dos verdes que conheço há mais tempo e sempre me agradou. Aliás, a casta Loureiro é uma das mais conceituadas da região dos Vinhos Verdes, produzindo vinhos de grande frescura, com um bom equilíbrio entre o álcool e a acidez, predominantemente secos e muito agradáveis. Este mostrou uma bela cor citrina brilhante e um aroma entre o frutado e o floral, um ligeiro gaseificado com bolha muito fina e uma grande leveza na prova que o torna um excelente acompanhante para pratos de marisco. E como é barato, é sempre uma excelente aposta para uma compra rápida sem grande risco.
Esta dupla prova demonstra que há mais vida na região dos Vinhos Verdes para além do Alvarinho. Muitas vezes as outras castas são subalternizadas em favor do Alvarinho, mas é sempre preciso conhecer o produto final e, no caso de castas como a Loureiro e a Trajadura, também se obtêm excelentes vinhos, mais leves e menos alcoólicos mas caracterizados por uma grande frescura, pelo que podem constituir excelentes apostas. No caso vertente, dou preferência a este Loureiro que a este Alvarinho.
Vinho: Encostas de Paderne, Alvarinho 2004 (B)
Produtor: Manuel da Rosa
Grau alcoólico: 12,5%
Nota (0 a 10): 5
Vinho: Loureiro, Ponte de Lima 2005
Produtor: Adega Cooperativa de Ponte de Lima
Grau alcoólico: 11,5%
Nota (0 a 10): 7
O texto e as imagens em http://kronikasvinicolas.blogspot.com/2007/05/prova-5-o-quinto.html
http://kronikasvinicolas.blogspot.com/2007/02/no-meu-copo-na-minha-mesa-86-herdade.html
A minha primeira opção tinha sido o Muros Antigos Escolha Loureiro do Anselmo Mendes que considero um dos melhores Loureiros do mercado. Aromas cítricos e algum tropical, pleno de frescura. Corpo leve mas com acidez vincada. Belo acompanhante para peixes e almoços leves.
Mas depois apeteceu-me pôr também aqui uma nota de prova recente ao Verdelho Colecção Privada DSF 2006.
Que grande verdelho. Fresco, nariz intenso e exótico frescura por todos os poros, boca com acidez vincada acentuando a frescura, cheio sem ser gordo. Limas, maracujás, algum ananáz. Belo branco.
Ficam duas opções que para mim são 2 belos brancos nacionais! E nada caros!!!
Boas provas!
Aceitei este desafio pela 1º vez e decidi revisitar o Clara, 2003, 100% Antão Vaz, da Casa Agrícola Cortes de Cima.
Tenho muito pouca experiência em elaborar notas de prova, principalmente nos brancos, mas não quero deixar de dar a minha opinião acerca deste branco que tão boa impressão me deixou.
Até à próxima segunda-feira vou tentar deixar as minhas notas de prova.
Abraço
Quinta dos Roques Encruzado 2005
Tenho provado regularmente este vinho ao longo dos seus anos de vida. Mantém uma consistência impressionante e é feito para durar alguns anos em garrafeira. Costuma ter uma frescura muito grande, não muito exuberante, mais contido de aromas e muito elegante. Quase feminino. Sobressaem notas minerais, floral leve e fruta branca delicada, tudo envolvido em suave madeira. Boca encorpada mas elegante, grande frescura, madeira mais presente que no aroma mas bem integrada. Muito bom. É um dos melhores de sempre (no meu ponto de vista). 17.5.
Quem é o próximo?
Abraços
Miguel
Coloco ainda hoje no Copo de 3
Próximo desafio colocado nas Krónikas Vinícolas.
Prova Régia 2005 - 100% Arinto
Tonalidade amarela limonada.
Aroma a frutos tropicais de onde absorvi notas de Maçã e Ananás.
No palato mostra uma entrada mineral algo frutada, e um corpo ligeiramente amanteigado que não chega a enjoar.
Para rematar, surge uma frescura em forma de notas de limas frescas bem presenciadas que se elevam para formar um final médio muito elegante e fresco.
Apesar de não beber muitos brancos, fiquei muito impressionado com este. É um vinho muito elegante e bastante feminino. É um vinho leve mas não demasiado, acompanhando bem um peixe grelhado ou assado no forno.
1 Abraço
2. O vinho apreciado pelo Pedro Sousa pt vem já referenciado na Revista de Vinhos 147, de Fevereiro de 2002, considerando a colheita de 1999 como um dos melhores vinhos lançados na região Beiras no ano de 2001.
3. Atenção: a Herdade da Malhadinha Nova lançou na Ovibeja o seu Antão Vaz. Uma estreia promissora...