Quinta das Marias Encruzado 2006 (sem barricas)

Antes de partir para fim de semana e deixar-vos em paz, partilho com vocês alguns apontamentos sobre mais um encruzado 100%. Estou ainda na Quinta das Marias, mantenho-me pelo Dão. Termino, assim, a primeira ronda.
O encruzado, agora, não teve qualquer contacto com as barricas. É a casta, apenas a casta. Nada mais, nada menos. O inox foi o único material que amparou a uva, que a resguardou.
Estilo muito vegetal, muito crítico. Entre este e o outro (com barricas) notavam-se semelhanças. O limão, a lima, estavam bem temperados pela hortelã, pela erva fresca. Sugestões a pedra molhada davam o tradicional toque mineral. Pareceu-me existir qualquer coisa que fazia lembrar a folha de figueira (poderá ter sido um abuso da minha parte. A imaginação a funcionar). O floral voltou a surgir, mais uma vez. Observava-se uma curiosa luta para manter fresco o vinho. Ainda bem.
Na boca, muito estaladiço, nervoso, enérgico. Os sabores limonados, juntamente com as sensações vegetais, dominavam desde a entrada até à saída. Por contraditório que possa parecer, percebia-se que tínhamos um branco com peso, com vigor, cheio de vida. Eram 14% de grau alcoólico. A acidez, tal como noutro (com barricas), mantinha-o em linha, segurava-o e bem. Rédeas curtas. Naturalmente agradeci. Nota Pessoal: 16

Post Sriptum: Provei, aliás bebi a garrafa 3420. Desta vez, temos um universo de 4300 botelhas.

Comentários

Anónimo disse…
Mas que privilégio.