Depois de ter partilhado com vocês o Reserva de 2004, e ter dito o quanto tinha apreciado, tinha todo sentido voltar a fazê-lo, agora, com o Reserva de 2005. Notaram-se (aliás, eu notei) mudanças no estilo, no comportamento. Se no Reserva de 2004 pareceu-me encontrar um vinho mais clássico, o Reserva 2005 deu a entender que está mais modernaço, quase transformado num vinho do século XXI. Apesar das alterações (mais ou menos visíveis), conseguiu manter, de uma forma geral, a elegância, a classe que me surpreendeu no passado. Um exemplo que podemos caminhar para a modernidade sem perder (totalmente) a identidade. Não é muito comum. Existe um tendência quase fatal para esquecer o história, catalogando-a, em muitos casos, de triste, desprezível. Pessoalmente, faz-me muita impressão olhar para aqueles que desejam, ambicionam esquecer o passado, apagá-lo rapidamente.
Este tinto continua a não querer abandonar a sua história. Mantêm-se longe da força, do exagero. Continua a calcar um caminho diferente. Induz a pensar, a imaginar, a exagerar.
Os aromas, que iam saindo, revelavam uma finura muito interessante, que me prendeu ao copo. Tentei desfrutar ao máximo, com sofreguidão, o que lá de dentro saía. Fresco, muito fresco. Bem composto, apetecível. A torrente aromática era constituída por um alargado leque de cheiros. A primeira vaga era constituída pelo cedro, por sugestões de lagar, húmus, pela fruta madura (fresca, bem viçosa, suculenta). Largando constantemente uma agradável sensação de limpeza, de leveza, de alegria. Despedia-se com cacau amargo, tabaco e um pouco de mentol. Decididamente, parecia ter um bom nível de complexidade.
Os sabores não destoaram, nem um pouco. Untuosos, gulosos, frescos. A tradicional dupla taninos/acidez estava bem coberta pela dimensão do corpo. Apresentava, para mim, estrutura suficiente. O final não sendo de grandes estrondos, revelou ter habilidade suficiente para deixar boas memórias, boas recordações.
Como gratidão pelo prazer que tive, irei decididamente comprar este vinho. Por 10€ (um pouco mais) será uma tontice, da minha parte, deixá-lo escapar. É um Reserva do Douro que deve ser preservado. Nota Pessoal: 16,5
Os aromas, que iam saindo, revelavam uma finura muito interessante, que me prendeu ao copo. Tentei desfrutar ao máximo, com sofreguidão, o que lá de dentro saía. Fresco, muito fresco. Bem composto, apetecível. A torrente aromática era constituída por um alargado leque de cheiros. A primeira vaga era constituída pelo cedro, por sugestões de lagar, húmus, pela fruta madura (fresca, bem viçosa, suculenta). Largando constantemente uma agradável sensação de limpeza, de leveza, de alegria. Despedia-se com cacau amargo, tabaco e um pouco de mentol. Decididamente, parecia ter um bom nível de complexidade.
Os sabores não destoaram, nem um pouco. Untuosos, gulosos, frescos. A tradicional dupla taninos/acidez estava bem coberta pela dimensão do corpo. Apresentava, para mim, estrutura suficiente. O final não sendo de grandes estrondos, revelou ter habilidade suficiente para deixar boas memórias, boas recordações.
Como gratidão pelo prazer que tive, irei decididamente comprar este vinho. Por 10€ (um pouco mais) será uma tontice, da minha parte, deixá-lo escapar. É um Reserva do Douro que deve ser preservado. Nota Pessoal: 16,5
Post Scriptum: Se este Reserva continuar a evoluir desta forma, de ano para ano, acredito piamente que poderá tornar-se num caso sério do que deve ser uma excelente relação qualidade preço.
Comentários
Aliás, a feira de vinhos do Jumbo tem vários exemplos de boas compras, como o Vila Santa 2005 a 8.X€, o Qta de la Rose a 7.x€, o Versus a 4.5€, o Esporão a 10€, o Qta do vallado a 5.5€, o Qta do Mouro a 18€, o Vale de Pradinhos a 6.4€ e outros (muito) mais baratos como o serra de azeitão a pouco mais de 1.5€, o terras do pó (que tem perdido muito da excelente qualidade que demonstrou em anos anteriores) a 2.3€, o Qta de cabriz a 2.3€, ...
Um abr
NF