Uma pequena informação que passo para vocês. Rápida, directa e concisa (assim espero). O objectivo é, meramente, partilhar a minha opinião sobre dois vinhos pertencentes ao Portefólio da Empresa José Maria da Fonseca. Dois tintos que sofreram alterações bem visíveis nos rótulos. Visualmente estão muito atractivos e modernos. Faltava-me perceber se, eventualmente, o conteúdo das garrafas corresponderia à vestimenta exterior (nota: nunca fui um assíduo consumidor desses dois vinhos. Provavelmente, uma mão contará as vezes que os bebi. As minhas opções tenderam, quase sempre, para os Garrafeiras e para os incontornáveis Moscatéis de Setúbal). Feita a pequena apresentação, passemos para as (minhas) considerações sensoriais (que, como sabem, estão repletas de fragilidades).
Pasmados 2005. Um tinto que soltou-se do copo com sugestões de fruta (que foi evoluindo para o estádio cristalizado) e mentol. Vagamente senti qualquer coisa que me levava a pensar em terra escura (humidade?). Fugazes notas de couro, especiaria e cera, tentavam dar maior graça ao vinho. Tudo num registo muito light, sem grandes exuberâncias e complexidades, mas relaxante.
Paladar fresco e jovial, onde a sensação balsâmica e mentolada parecia querer marcar o compasso de todos os sabores. Sempre num registo mediano e franco. Um vinho pronto a beber, de fácil empatia. Na mesa, fará parelha com um prato pouco puxado. Não será para grandes guardas.
Nota Pessoal: 14,5Falemos do outro. Periquita Reserva 2004. Desperta com sugestões a verniz e alguma azeitona preta. Depois desponta para cheiros a mentol (curiosa esta impressão, comum aos dois vinhos). Bolo recheado com figos secos e passas aparece de forma algo inesperada, provocando uma (chata) sensação doce. Encerra com cheiros de chocolate com leite e caramelo.
Sabores muito limados, sem qualquer tipo de arestas, onde o tabaco, o chocolate com leite e o caramelo reforçam a doçura do vinho. Confrontei-me com um estilo de vinho que não estava à espera. Um pouco monótono.
Aparentemente destinado ao consumidor urbano e jovem que gosta de cheirar e beber, sem estar na mesa (verdade seja dita, pessoalmente teria alguma dificuldade na escolha do acompanhamento para este estranho Periquita).
Nota Pessoal: 14
Post Scriptum: Ambos custaram pouco mais de 6€ cada um. Se tivesse que optar, escolheria Pasmados. De qualquer modo, existem opções mais interessantes no mercado.
Paladar fresco e jovial, onde a sensação balsâmica e mentolada parecia querer marcar o compasso de todos os sabores. Sempre num registo mediano e franco. Um vinho pronto a beber, de fácil empatia. Na mesa, fará parelha com um prato pouco puxado. Não será para grandes guardas.
Nota Pessoal: 14,5Falemos do outro. Periquita Reserva 2004. Desperta com sugestões a verniz e alguma azeitona preta. Depois desponta para cheiros a mentol (curiosa esta impressão, comum aos dois vinhos). Bolo recheado com figos secos e passas aparece de forma algo inesperada, provocando uma (chata) sensação doce. Encerra com cheiros de chocolate com leite e caramelo.
Sabores muito limados, sem qualquer tipo de arestas, onde o tabaco, o chocolate com leite e o caramelo reforçam a doçura do vinho. Confrontei-me com um estilo de vinho que não estava à espera. Um pouco monótono.
Aparentemente destinado ao consumidor urbano e jovem que gosta de cheirar e beber, sem estar na mesa (verdade seja dita, pessoalmente teria alguma dificuldade na escolha do acompanhamento para este estranho Periquita).
Nota Pessoal: 14
Post Scriptum: Ambos custaram pouco mais de 6€ cada um. Se tivesse que optar, escolheria Pasmados. De qualquer modo, existem opções mais interessantes no mercado.
Comentários
Abraço!
Que acham do Quinta de Camarate, para mim um peixe mais graúdo...
e por falarmos das terras da outra margem, conhecem alguma boa loja de vinhos na margem sul?
Abraço,
Fernando
Sei que em Almada, existem ou existiam alguns projectos. Não sei se ainda "estão vivos".
De qualquer modo, na margem sul não existe, que eu conheça, um espaço consistente, competitivo, com opções interessantes.
Sobre o Quinta de Camarate, não está no lote das minhas preferências habituais. De qualquer modo, não existe melhor solução do que prová-lo para tirar a prova dos nove. :)
Abraço.
Tenho muito gosto em presentear-te com uma duas garrafas que tenho em casa, e como parece que temos um certo amigo em comum, um "grandalhão" simpático de Alcochete e que gosta muito de touradas, ele trata de fazê-la chegar à tua mesa!
Abraço,
Fernando