Olhando para a vizinha região do Ribatejo (vivo muito perto da placa que separa o Distrito de Setúbal do Distrito de Santarém), reparo que consumo mais os seus brancos, que os tintos. Olho, ainda, de soslaio para eles. Assumidamente tenho algum preconceito. De qualquer modo, por uma razão ou por outra, lá me calha provar um tinto da Lezíria. Desta vez, a sorte caiu no Touriga Nacional da Casa da Atela.
Por falar em Touriga Nacional (T.N.), começo a notar algum bocejo, enfastiamento, quando reparo na enorme profusão de vinhos que ostentam esta casta (sejam eles na versão monocasta ou em lote). Tenho andado cismar sobre a forma como a T.N. anda a ser tratada e explorada (por todos). Começa a ser excessivo, cheirando muitas vezes a campanha publicitária. Criou-se a ideia no consumidor (e no produtor) que basta ser ou ter T.N. para termos um bom vinho e consequentemente vender bem (aliás, produzir ou provar um T.N. é quase condição sine qua non para se poder entrar na 1ª liga do clube dos vinhos). Considero profundamente redutor!
Depois, confronto-me com um conjunto, cada vez mais alargado, de Tourigas Nacionais de vários cantos do país, muito parecidos, pouco individualizados e muito estandardizados. Em certos momentos, fico com a ideia de falcatrua! Tipo: Aplica-se a receita e já está!
Por falar em Touriga Nacional (T.N.), começo a notar algum bocejo, enfastiamento, quando reparo na enorme profusão de vinhos que ostentam esta casta (sejam eles na versão monocasta ou em lote). Tenho andado cismar sobre a forma como a T.N. anda a ser tratada e explorada (por todos). Começa a ser excessivo, cheirando muitas vezes a campanha publicitária. Criou-se a ideia no consumidor (e no produtor) que basta ser ou ter T.N. para termos um bom vinho e consequentemente vender bem (aliás, produzir ou provar um T.N. é quase condição sine qua non para se poder entrar na 1ª liga do clube dos vinhos). Considero profundamente redutor!
Depois, confronto-me com um conjunto, cada vez mais alargado, de Tourigas Nacionais de vários cantos do país, muito parecidos, pouco individualizados e muito estandardizados. Em certos momentos, fico com a ideia de falcatrua! Tipo: Aplica-se a receita e já está!
Por aqui, em Atela, a Touriga Nacional de 2005 apresentou-se com uma combinação de aromas que iam desde o cedro, a canela, o caramelo e tabaco, passando por uma leve sensação de pedra lascada. Tudo muito redondo, apelativo e moderno. Os sabores mostravam algum acerto e finura no trato. Fresco.
Em termos genéricos, pareceu-me ter pela frente um vinho destinado às massas. Bem feito, mas longe das tradicionais características que esta casta eventualmente revela. Nota Pessoal: 14
Em termos genéricos, pareceu-me ter pela frente um vinho destinado às massas. Bem feito, mas longe das tradicionais características que esta casta eventualmente revela. Nota Pessoal: 14
Comentários
Além do mais, é a tua opinião que vai "ditar leis" e mais nenhuma. :)
A questão que coloco é que, em muitos casos, os Tourigas que vão surgindo no mercado são demasiadamente parecidos, sem que se sinta o berço, a diferença da região.