Não conhecia (existe tanta coisa que não conheço). Verdade seja dita, o meu conhecimento sobre os vinhos de Espanha, bem como de outros países é meramente literário. Fico-me quase sempre pelo que leio, pelo que ouço. Os conhecidos, aqueles que são sonantes, são fáceis de enumerar (tal como cá são precisos muitos euros para tocar neles). O engraçado (para mim) é procurar outras pingas.
Este comprei-o em Badajoz. Escolhi-o sem qualquer razão aparente. Veio da Ribera del Guadiana. De Mérida, cidade por onde andou o nosso Viriato. Por lá fez guerra aos Romanos. Custou-me qualquer coisa como 4.50€.
Abriu com ginjas. A fruta madura surgiu envolvida pela madeira. Engraçada a sensação a gomas, a pastilha elástica.Senti tabaco, uma ponta de chocolate, baunilha e canela. Pelo meio, umas quantas raspas de hortelã e flores. Ervas aromáticas (alecrim) apareceram por todos os lados. Fresco, muito jovial. Bem cheiroso. Com toda honestidade, não estava à espera desta alegria.
Boca com boa amplitude. Manteve a frescura dos aromas. O vegetal sentia-se e pressentia-se. Balsâmico. No final ficavam apontamentos a madeira. Saboroso, redondo. Um tinto que puxa pelo copo. Nota Pessoal: 15
Post Scriptum: Provavelmente teremos vinhos parecidos, mas ao ter um rótulo escrito em castelhano acredito que o meu entusiasmo tenha aumentado. Ainda por cima foi barato.
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