Cada vinho que salta para cima das prateleiras vem baptizado com nomes bem sugestivos. Para além do aspecto rótulos, os apelidos dos vinhos portugueses revelam, cada vez, mais imaginação. Percebe-se que existe vontade para criar coisas diferentes. O pior é quando o vinho que está dentro de uma garrafa não acrescenta nada de novo, mas isso são estórias muito debatidas por essa internet fora.
Espetar o nome Gnosis num rótulo é assumidamente uma atitude arrojada, aparentemente provocatória para o consumidor. Será que é para aumentar o desejo na busca de mais conhecimento (enófilo)?
Este tinto (do Douro), feito na Quinta do Rio com Touriga Franca, Tinta Barroca e Tinta Roriz, saiu do copo preso a cheiros vegetais, largando pelo ar aromas carregados de estevas e giestas. Progrediu com sensações florais, intimamente ligadas à terra, ao xisto. Notava-se que estava ali um vinho tendencialmente diferente, com carácter, provavelmente rústico. A fruta estava madura (no ponto), de estilo aparentemente silvestre. Regada para não enjoar.Caminhando na descoberta, ficou a ideia que deambulava uma pequena sugestão mineral (Seria lousa?, Seria influência do xisto?), que combinava discretamente com uma leve impressão balsâmica. Tudo leve, pouco carregado.
O paladar era fresco, muito limpo. Acidez largava frescura na boca (dando a ideia que será bom companheiro para a mesa). Insistiu, mais uma vez, em sensações vegetais e terrosas. Mostrou amplitude. O final era levemente fumado, apenas com o intuito de enriquecer.
Um vinho bem feito, com vida e pouco maduro (não é necessariamente negativo). Num mar de vinho cheio de sobrematuração, madeira, chocolates e tabacos, encontrar vinhos assim é quase descobrir uma agulha no palheiro. Com uns retoques aqui e além, acredito que consiga dar mais nas vistas e aumentar o desejo de conhecimento. Nota Pessoal: 15
Este tinto (do Douro), feito na Quinta do Rio com Touriga Franca, Tinta Barroca e Tinta Roriz, saiu do copo preso a cheiros vegetais, largando pelo ar aromas carregados de estevas e giestas. Progrediu com sensações florais, intimamente ligadas à terra, ao xisto. Notava-se que estava ali um vinho tendencialmente diferente, com carácter, provavelmente rústico. A fruta estava madura (no ponto), de estilo aparentemente silvestre. Regada para não enjoar.Caminhando na descoberta, ficou a ideia que deambulava uma pequena sugestão mineral (Seria lousa?, Seria influência do xisto?), que combinava discretamente com uma leve impressão balsâmica. Tudo leve, pouco carregado.
O paladar era fresco, muito limpo. Acidez largava frescura na boca (dando a ideia que será bom companheiro para a mesa). Insistiu, mais uma vez, em sensações vegetais e terrosas. Mostrou amplitude. O final era levemente fumado, apenas com o intuito de enriquecer.
Um vinho bem feito, com vida e pouco maduro (não é necessariamente negativo). Num mar de vinho cheio de sobrematuração, madeira, chocolates e tabacos, encontrar vinhos assim é quase descobrir uma agulha no palheiro. Com uns retoques aqui e além, acredito que consiga dar mais nas vistas e aumentar o desejo de conhecimento. Nota Pessoal: 15
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