Reguengo de Melgaço Alvarinho 2007


Mantenho-me com os Alvarinhos. Este, produzido e engarrafado por Hotel do Reguengo de Melgaço, surgiu no copo com um amarelo a tender para o forte, a indiciar, talvez, uma idade que não tinha. Um facto curioso.
Os cheiros eram intensos, quase gordos. A fruta apresentou-se, ao mundo, com muita força. A miscelânea de cheiros ia desde a banana, o ananás, a pêra, a maçã, o pêssego, mais ainda a laranja, a tangerina e o limão. Acreditem que o rodopio, o entrar e sair de frutas, era intenso e o limite ficava na imaginação. Cabia-me, apenas, a função de inventar aquilo que mais gostava.
Um curioso toque cerealífero enfiou o nariz para o meio de cereais, do pão. Eram muitas, e acredito mais uma vez em possíveis falhas na análise, as sugestões de panificação (Terá sido por causa do bolo rei que estava em cima da mesa?). Caminhemos na descoberta de aromas. Flores amarelas, carregadas de pólen, intensificavam as tonalidades do vinho. Mel fresco (experimentem a colocá-lo no frio) e um pouco de chocolate branco deram-lhe untuosidade, tornando-o mais cheio, mais espesso. Aqui e além um pouco de relva fresca (sempre é um vinho alvarinho).
O sabor
estavam atestado de fruta madura. Corpo intenso, com bom prolongamento. Estava bem envolvido, bem misturado, redondo e capaz de aguentar com pratos menos leves.
Um alvarinho com um comportamento menos mineral, menos v
egetal e menos crocante. Um estilo mais cheio, mais robusto, mais sénior. Os 13,5% de graduação alcoólica também ajudaram.
Epá (como di
z o outro) porreiro: Gostei do género. Vou guardar um par delas. Nota Pessoal: 16,5
Post Scriptum: Este Alvarinho é mais carote. Custa para lá dos 8€, mas acho que vale o preço.

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