Devem ter já percebido, para o bem ou para o mal, concordando ou discordando, que a minha escrita tem apenas como sustento argumentativo o meu discutível e bastante dúbio gosto pessoal, suportado em meia dúzia de ridículas crenças pessoais. Nada mais. Manterei este curso (se conseguir).
Isto é um espaço de pura opinião pessoal. Reflecte, somente, o que o autor pensa ou não. São, muitas vezes pequenos excertos de uma vida. Pequenos recortes publicados na internet para serem escrutinados por quem queira. Basicamente estamos num universo (quase) doméstico, onde um tipo solitário defende as suas ideias, as suas convicções, das várias investidas que vai sofrendo (e elas são cada vez mais). O objectivo começa a ser safar-me dos tiros. Deixar ou transpor esta barreira é penetrar no famoso centro, onde todos pensam o mesmo, matando a pluralidade.
Também no mundo dos vinhos, existe a fatal tendência para os consumidores agruparem-se em torno dos mesmos conceitos, dos mesmo vinhos. Todos procuram, por uma razão ou por outra, mostrar que andam na crista da onda. É uma necessidade humana (não fujo a ela). Basta uma ténue tentativa para sair do tal centrão, do que é politicamente correcto, para corrermos o indesejado risco de excomunhão enófila. Uma excomunhão que pode matar irremediavelmente a credibilidade de um individuo como pretenso enófilo (mais ou menos conhecedor). É quase pecado dizer, na praça pública, que não se concorda, que aquele vinho não soube bem, que não vale, nem de longe nem de perto, o que pedem por ele. Silenciosamente vamos aguentando as regras que a moda vai ditando, incapazes de fazer qualquer coisa (não queremos ser postos de lado) para mudar o status quo estabelecido.
Também no mundo dos vinhos, existe a fatal tendência para os consumidores agruparem-se em torno dos mesmos conceitos, dos mesmo vinhos. Todos procuram, por uma razão ou por outra, mostrar que andam na crista da onda. É uma necessidade humana (não fujo a ela). Basta uma ténue tentativa para sair do tal centrão, do que é politicamente correcto, para corrermos o indesejado risco de excomunhão enófila. Uma excomunhão que pode matar irremediavelmente a credibilidade de um individuo como pretenso enófilo (mais ou menos conhecedor). É quase pecado dizer, na praça pública, que não se concorda, que aquele vinho não soube bem, que não vale, nem de longe nem de perto, o que pedem por ele. Silenciosamente vamos aguentando as regras que a moda vai ditando, incapazes de fazer qualquer coisa (não queremos ser postos de lado) para mudar o status quo estabelecido.
Comentários
Existem vinhos excelentes, que custam menos de 30€ e ninguém os quer comprar, pois não traz regalias (vaidade perante os outros, dizendo que provou um dos vinhos mais caros do mercado) a quem o prova, porque o vinho não é provado por muita gente ou não é conhecido.
Mas como disseste, isto acontece sem querer.
Temos de ter mais atenção na prateleira do supermercado.
Abraços
Este contexto facilita o medo de opinar, de falhar e da exposição excessiva mas também contribui para o risco da atrofia da reflexão individual sobre as coisas do vinho e do "seu mundo".
Tentar contrariar esta atitude, já é ser capaz de fazer alguma coisa. Talvez não se mude o statuos quo mas que importa isto, se não mudamos nós próprios de postura?
Não podemos esperar que sejam os experts, os críticos, a fazer esse papel. Esses, mesmo que não queiram estão ainda mais expostos, medem todas as palavras, todas as posturas, todas as atitudes e comportamentos.Os "holofotes" estão sobre si e isso é fortemente condicionante.
Quanto ao preço de muitos vinhos e ao " consumismo social" que se faz dos mesmos, ou bem me engano ou penso que tens para aí muito "pano para mangas" para novas intervenções escritas...
Abraço
Concordo inteiramente contigo.
Como dizem lá na terra "para trás mija a burra".
Abraço